Atuação Profissional

estudante

Organização

Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Filiação

Helena Almochdice Valadão e Altivo Valadão de Andrade

Data e Local de Nascimento

28/12/1948, Itaici (ES)

Data e Local de Morte

Desaparecimento em 24/11/1973, Grota do Pau Preto, Xambioá (TO)

Arildo Valadão

Arildo Valadão

O Relatório Arroyo descreve o episódio que teria resultado na morte de Arildo Valadão, em 24 de novembro de 1973: “No dia 24, quando voltavam de um contato com a massa, os companheiros Ari, Raul e Jonas passaram próximo de uma grota. Ari e Raul se aproximaram da grota para melhor se orientar. Jonas ficou de guarda, perto das mochilas. Ouviu-se um tiro e Ari caiu. Em seguida, ouviram-se mais dois tiros. Raul correu. O Comando do destacamento BC, que também ouvira os tiros, enviou quatro companheiros para pesquisar o que teria havido. Logo adiante, esses companheiros encontraram o corpo de Ari sem a cabeça. Sua arma, um rifle 44, seu bornal e sua bússola tinham sido levados. As mochilas de Ari, Jonas e Raul estavam lá.”

O Relatório do Centro de Informações do Exército (CIE), do Ministério do Exército, confirma a morte do guerrilheiro em data aproximada, no dia 23 de novembro de 1973. Já o relatório do Ministério da Marinha, encaminhado ao ministro da Justiça Maurício Corrêa em 1993, assenta que Arildo teria morrido no dia 24 de novembro, contudo, afirmando que o ano seria 1974.

 

Os depoimentos ao MPF, em 2001, mencionados pelo livro “Dossiê Ditadura”, reiteram sua morte, conforme se observar a seguir. Sinézio Martins Ribeiro, que serviu como mateiro do Exército, afirmou que: O primeiro tiroteio do Exército foi no Pau Preto, onde foi morto o Ari; que o depoente estava presente; que Ari não atirou; que Ari teve sua cabeça cortada e levada para a base do Exército em Xambioá; que nesse dia só havia uma equipe de cinco soldados, o comandante era o Piau e os guias eram Iomar Galego, Raimundo Baixinho e o depoente; que a grota do Pau Preto fica dentro do castanhal do Almir Moraes; que isto se deu num encontro casual, que não viram piseiro, nem tiveram informações; que após a retirada da cabeça a colocaram num saco plástico e voltaram a pé, até a base do Paulista [Nemer Kouri], na beira do Xambioazinho, junto a OP-2; que a cabeça foi entregue ao Dr. César, do Exército.

Em artigo do jornalista Vasconcelos Quadros, publicado no jornal No Mínimo, em 20 de janeiro de 2005, o ex-guerrilheiro “Jonas” afirmou que também presenciou a morte de Ari no dia 24 de novembro de 1973, na região da Gameleira. Ele alega que o grupo de Arildo foi emboscado em uma Grota, e que este guerrilheiro morreu após ser atingido no tórax. Em seguida, teriam decapitado-no e amarrado suas mãos e pés em um pau.

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