Atuação Profissional

engenheiro eletrotécnico

Organização

Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Filiação

Julieta Petit da Silva e José Bernardino da Silva Júnior

Data e Local de Nascimento

1/12/1943, Piratininga (SP)

Data e Local de Morte

29/11/1973 ou 14/1/1974 ou 21/4/1974 ou 28/4/1974 ou 2/5/1974

Lúcio Petit da Silva

Lúcio Petit da Silva
São diversas as informações sobre as circunstâncias de seu desaparecimento. Conforme consta no “Relatório Arroyo” foi visto pela última vez com Antônio de Pádua Costa e Antônio Alfaiate, em 14/1/1974, após confronto com os militares. Mas, segundo depoimento prestado em 2001 ao Ministério Público Federal, por Margarida Ferreira Félix, em 21/4/1974 os últimos guerrilheiros sobreviventes foram presos, na casa de Manezinho das Duas, e que estes embarcaram vivos em helicóptero do Exército. Eram eles: Beto (Lúcio Petit da Silva), Antônio (Antônio Ferreira Pinto) e Valdir (Uirassu de Assis Batista). Em depoimento ao MPF em 6/7/2001, Antônio Félix da Silva também confirma esta versão. Ele afirmou que […] foi obrigado a servir de guia para os militares na região de Água Boa, Caçador e Borracheiro,[…]; que os militares pousaram em uma clareira perto de sua casa e foram a pé até a casa de Manezinho das Duas e se esconderam em um bananal próximo da casa; que no dia seguinte, pela manhã, o declarante foi até a casa do Manezinho das Duas, conforme determinação dos militares; que lá chegando, por volta das 7 horas da manhã, do dia 21.04.1974, o declarante viu Antônio, Valdir e Beto sentados em um banco na sala da casa, com os pulsos amarrados para trás com uma corda fina, parecendo ser de nylon; que o declarante viu um militar se comunicando pelo rádio; que, por volta das 9 horas da manhã, chegou o helicóptero que levou os militares e os três prisioneiros; que o declarante apenas percebeu que Valdir estava ferido, parecendo ser um lenço na batata de sua perna, que atingia metade da mesma, tendo dificuldade para andar até o helicóptero De acordo com o relato do jornalista Leonencio Nossa, no livro “Mata! O Major Curió e as Guerrilhas do Araguaia”, baseado em depoimentos de Sebastião Rodrigues de Moura, o major Curió, Os guerrilheiros foram transportados de helicóptero para a Bacaba. Foram vistos no desembarque por Adalgisa e duas filhas – mulheres de agricultores eram levadas para as bases, onde cozinhavam e faziam serviços de limpeza sem remuneração. Muitas vezes eram violentadas por soldados. Adalgisa lembra que Valdir [Uirassu de Assis Batista] assobiava, cantava e pulava – estava com as pernas tombadas pelas feridas da leishmaniose. […] Alfaiate e Valdir foram mortos uma semana depois na Clareira do Cabo Rosa. Beto [Lucio Petit da Silva] ficou mais tempo vivo. Foi interrogado pelo general Bandeira, conta Curió. Em contraposição aos depoimentos, o “Relatório do Ministério da Marinha”, de 1993, confirma a morte de Lúcio Petit em março de 1974. iv Já o Relatório do CIE, do Ministério do Exército determina como data de morte o dia 28/4/1974, sete dias depois da data de prisão referida pelos moradores da região. v Ainda segundo dados do “Arquivo Curió”, disponíveis no livro “Documentos do SNI: Os mortos e Desaparecidos na Guerrilha do Araguaia”, Lúcio foi preso e executado em 2/5/1974. Uma versão completamente diferente está presente no processo da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos. Na sua certidão de óbito consta como data de morte o dia 29/11/1973, mesma data que aparece no relatório do Ministério do Exército, entregue ao ministro da Justiça Maurício Correa em 1993.
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