Takao Amano

Takao Amano

Takao Amano, conhecido pelo codinome Jorge, foi um dos principais guerrilheiros urbanos de São Paulo durante a ditadura militar. Era um dos atiradores da Aliança Libertadora Nacional (ALN) e participou de mais de vinte ações armadas, entre elas, o assalto ao trem pagador da ferrovia Santos-Jundiaí, em 10 de agosto de 1968.

Amano decidiu ingressar na luta armada a partir de 1966, durante o processo de discussão das teses do 6º Congresso do Partido Comunista Brasileiro (PCB), quando havia uma polarização entre duas tendências: a que defendia a resistência pacífica e a que pregava a luta armada – esta última derivou na ALN. Em 1968, já estava designado para o setor militar, integrando o grupo Tático Armado, coordenado por Marco Antônio Brás de Carvalho.

Outra importante ação da ALN da qual Takao Amano participou foi o tiroteio de Suzano, durante assalto à agência local da União de Bancos Brasileiros. Baleado na coxa, Amano foi operado por Boanerges Massa na residência do casal Carlos Henrique Knapp e Eliane Toscano Zamikhoski.

Em 1969, foi preso numa emboscada em São Paulo. Na ocasião, foi novamente baleado e levado à sede do DOI-Codi. Lá sofreu torturas e permaneceu até 1971.

Foi libertado junto com outros 69 presos em troca do embaixador suíço Giovanni Bucher, sequestrado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), de Carlos Lamarca, no Rio de Janeiro.

Banido do país, Amano se exilou no Chile e, depois em Cuba, onde se reintegrou ao PCB. Retornou ao Brasil em 1979, graças à anistia. Estudou Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), tornou-se advogado e atuou no Sindicato dos Bancários. Militante do Partido dos Trabalhadores (PT), participou de sua história desde a criação. Hoje trabalha no Sindicato dos Médicos de São Paulo.

Sobre
Saiba mais sobre o projeto, realizadores e seus objetivos.
Apoio ao Educador
Aplique o conteúdo sobre a ditadura no Brasil na sala de aula para ampliar o estudo da História do Brasil e a formação da cidadania com o suporte de sequências didáticas e a promoção do protagonismo dos alunos. Consulte sequências didáticas que poderão auxiliar os educadores a trabalharem o tema da ditadura militar brasileira em sala de aula.
Projetos
Visite a galeria de projetos especiais realizados pelo Instituto Vladimir Herzog na promoção da Memória, Verdade e Justiça no Brasil, e na difusão de histórias inspiradoras de luta.
Acervo
Explore uma diversidade de conteúdos relacionados ao período da ditadura militar brasileira que ocorreu entre 1964 e 1985.
Memória Verdade e Justiça
Os direitos da Justiça de Transição promovem o reconhecimento e lidam com o legado de atrocidades de um passado violento e de um presente e futuro que precisam ser diferentes, para que se possa dizer: “nunca mais!”. Conheça algumas medidas tomadas pelo Estado e sociedade brasileiros para lidar com o que restou da ditadura de 1964.
Cultura e Sociedade
Apesar do conservadorismo e da violência do regime, a produção cultural brasileira durante a ditadura militar se notabilizou pelo engajamento político e desejo de mudança. Conheça um pouco mais sobre as influências do período em diversos setores da sociedade.
Repressão e Resistência

O Estado brasileiro utilizou uma série de mecanismos para amedrontar a população, sobretudo aqueles que não estivessem de acordo com as medidas ditatoriais. Conheça os reflexos do aparato repressivo e os focos de resistência na sociedade.