Historiadora, Angela Mendes de Almeida foi militante do Partido Operário Comunista (POC) durante a ditadura militar. Foi presa duas vezes em 1968, participando das mobilizações estudantis na Maria Antônia e no 30º Congresso da UNE. Graduada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo, tem doutorado em Ciências Políticas pela Université de Paris XVIII. É fundadora do Observatório de Violências Policiais, integrado ao Centro e Estudos de História da América Latina da PUC-SP.
Trabalhou com a história do comunismo na Europa; em seguida, dirigiu suas pesquisas para a história da família, sobretudo no Brasil, atuando principalmente nos temas mulher, família, casamento, literatura e classe social. Dentro dessas pesquisas, trabalhou com a violência na história do Brasil e tem trabalhado, ainda, com a violência dos agentes do Estado no período ditatorial e pós-ditatorial. É autora de oito livros de história, sendo o último ‘Do partido único ao stalinismo’, a ser lançado em breve.
Foi companheira de Luiz Eduardo Merlino, jornalista e militante do POC assassinado sob tortura no DOI-CODI, em 1971, sob o comando do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. É coautora de ações por danos morais que pedem a responsabilização de Ustra pela tortura e morte de Merlino.