Jornalista e militante de esquerda na luta contra a ditadura, Franklin Martins foi líder estudantil e depois entrou para a organização Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Participou de um dos episódios mais marcantes da resistência à ditadura, o sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969, com o objetivo de forçar a libertação de 15 presos políticos. A ação foi realizada junto com a Aliança Libertadora Nacional (ALN), e o episódio é narrado no livro “O que é isso, companheiro?, de Fernando Gabeira.
Preso entre outubro e dezembro de 1968, quando era presidente do Diretório Central dos Estudantes da UFRJ, foi libertado dois dias antes de se instaurar o Ato Institucional Nº 5 (AI-5). Passou para a clandestinidade e se engajou na luta armada. No ano seguinte, participou do sequestro do embaixador norte-americano.
Depois dessa ação bem sucedida, com a cabeça a prêmio e a polícia nos calcanhares de seus autores, Franklin seguiu para o exílio em Cuba, para fazer treinamento na guerrilha rural, depois para o Chile de Salvador Allende. Em 1973, voltou para o Brasil para viver clandestinamente em São Paulo. Em seguida, exilou-se novamente, desta vez na França. Voltou para o Brasil em 1977, onde mais uma vez viveu escondido, até a anistia de 1979.
Em 2006, o diretor Sílvio Da-Rin lançou o documentário Hércules 56, cujo título se refere ao avião militar que transportou para o exílio os presos políticos trocados pelo embaixador norte-americano. O documentário reúne alguns sobreviventes da ação, entre eles Franklin Martins.
Foi ministro-chefe da Secretaria de Comunicação do Brasil durante o mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva até dezembro de 2010.