Acusado de ser responsável pela Casa da Morte de Petrópolis e autor do atentado do Riocentro, o coronel Freddie Perdigão Pereira nasceu no Rio de Janeiro e concluiu a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) em 1958. Trabalhou no gabinete dos ministros do Exército Lyra Tavares e Orlando Geisel, de julho de 1968 a março de 1972. Depois disso, serviu no comando do DOI-Codi do Rio de Janeiro e de São Paulo. Segundo depoimento do ex-agente do órgão, o ex-sargento Marival Chaves, à Comissão Nacional da Verdade, Freddie era responsável pela ligação entre o DOI-Codi em São Paulo e a Casa da Morte no Rio de Janeiro.
Em 1999, durante a reabertura das investigações do caso Riocentro, o coronel Perdigão teve seu nome indicado como um dos responsáveis pela tentativa de atentado frustrada durante um show em comemoração ao Dia do Trabalhador, na noite de 30 abril de 1981, no pavilhão Riocentro. Mas, no ano seguinte, o Supremo Tribunal Militar (STM) arquivou novamente as investigações do caso. Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade reabriu as investigações sobre o caso.