Cid Benjamin é um jornalista brasileiro que, entre as décadas de 1960 e 1970, fez parte da resistência armada contra a ditadura civil-militar, quando integrou o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Foi um dos participantes do sequestro do embaixador estadunidense Charles Burke Elbrick, em 1969, organizado pelo MR-8 e pela Ação Libertadora Nacional (ALN). A medida resultou na libertação de 15 presos políticos de diversas organizações e na leitura em rede nacional de uma carta assinada pelas duas organizações.
Perseguido por ser um dos mentores do sequestro, foi preso em abril de 1970. Torturado no DOI-Codi do Rio de Janeiro, teve sua liberdade negociada graças a outro sequestro organizado pela resistência, do embaixador alemão Ehrenfried von Holleben. Deixou a prisão junto com outros 40 militantes, para se exilar na Argélia. Morou depois no Chile, em Cuba e na Suécia. Em 1979, anistiado, retornou ao Brasil e trabalhou como repórter dos periódicos O Globo e Jornal do Brasil.
Em 1980, foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), ao lado de outros militantes, como seu irmão, César Benjamin. Desligou-se do partido em 2005, para participar da fundação do Partido Socialismo e Liberdade (Psol). Em 1996, ele e mais quatro jornalistas receberam o Prêmio Esso de Jornalismo por uma série de reportagens sobre a Guerrilha do Araguaia para o jornal O Globo.
Em 2006, concorreu ao cargo de deputado estadual pelo Psol do Rio de Janeiro, sem conseguir se eleger. Atualmente é professor de Realidade Socioeconômica e Política nas Faculdades Integradas Hélio Alonso, também na capital carioca. Lançou, em outubro de 2013, o livro “Gracias a la vida”, em que rememora e reavalia toda a sua trajetória de militância.