Atuação Profissional

taxista

Organização

Marx, Mao, Marighella, Guevara (M3G)

Filiação

Celanira Machado Cardoso e João Cardoso da Silva

Data e Local de Nascimento

27/10/1943, Santo Antônio da Patrulha (RS)

Data e Local de Morte

23/4/1970, Porto Alegre (RS)

Ângelo Cardoso da Silva

Ângelo Cardoso da Silva

A partir de abril de 1970, a organização M3G, da qual Ângelo Cardoso da Silva fazia parte, foi intensamente perseguida pelas forças da repressão gaúchas e, nesse contexto, vários de seus membros foram presos. Entre eles estava o dirigente Edmur Péricles Camargo, Giovanni Enrico Bucher, e Paulo de Tarso Carneiro, que viria a ser a principal testemunha sobre a prisão de Ângelo junto à CEMDP.

 

Documentos encontrados por pesquisadores da Comissão Nacional da Verdade (CNV) comprovam que as atividades políticas de Ângelo Cardoso da Silva eram monitoradas tanto pelo CISA quanto pelo DOPS-RS. Ângelo Cardoso da Silva foi encontrado morto em sua cela, no Presídio Central de Porto Alegre, no dia 23 de abril de 1970. Segundo a versão apresentada à época, Ângelo teria cometido suicídio por meio de enforcamento. Versão contestada pelo próprio Estado quando, em 1973, abriu um inquérito policial para apurar as circunstâncias de morte. Contudo, o caso logo foi arquivado pela justiça comum, sob alegação de falta de provas.

 

Analises posteriores realizadas por comissões parceiras dos laudos anexados ao supracitado inquérito contestam a versão da época. Segundo fotos encontradas nos laudos do inquérito, indicam que Ângelo teria sido estrangulado mediante ação externa, e não “enforcado”. A morte de Ângelo Cardoso da Silva sucedeu-se em circunstâncias nunca totalmente esclarecidas, porém muito se assemelha à prática comum naquele contexto da história brasileira, em que agentes do Estado não raro simulavam a ocorrência de suicídio para ocultar a morte decorrente de tortura. O corpo de Ângelo Cardoso da Silva foi sepultado no cemitério de Viamão (RS).

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