Atuação Profissional

estudante

Organização

Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Filiação

Aminthas Rodrigues Pereira e Idalísio Soares Aranha

Data e Local de Nascimento

21/8/1947, Rubim (MG)

Data e Local de Morte

Desaparecimento em 13/6/1972 ou 12/7/1972 ou 13/7/1972, Região de Peri/casa de Peri, nas redondezas da Grota Vermelha, aproximadamente a 50 metros da estrada ou Região de Perdidos ou Marabá (PA)

Idalísio Soares Aranha Filho

Idalísio Soares Aranha Filho

Segundo o Relatório Arroyo, Idalísio Soares Aranha Filho fazia parte de um grupo de guerrilheiros que caiu em uma emboscada do Exército, na Grota Vermelha, aproximadamente a 50 metros da estrada.

No episódio, ocorrido em julho de 1972, um dos seus companheiros, João Carlos Haas Sobrinho, foi ferido na coxa, levando-os a parar na mata com o fim de descansar por alguns dias. Ao longo deste período, Idalísio saiu para caçar e se perdeu, buscando refúgio em um barraco, próximo à casa de um morador chamado Peri.

Ângelo Arroyo narra que o Exército apareceu no local, dias depois, e travou um tiroteio com o guerrilheiro, que terminou morto. Conforme o livro Dossiê Ditadura, em depoimento publicado na obra Vestígios do Araguaia, a sobrevivente da guerrilha, Regilena Carvalho Leão de Aquino, afirma ter ouvido do general Antônio Bandeira que Idalísio teria morrido após resistir bravamente a uma emboscada do Exército.

Neste sentido, o relatório do Ministério da Marinha, encaminhado ao ministro da Justiça Maurício Corrêa, em 1993, consigna que Idalísio “foi morto por ter resistido ferozmente na região de Peri”, em julho 1972. Os demais registros militares divergem, ora acerca da data, ora acerca do local de morte de Idalísio.

O livro da CEMDP menciona um documento dos Fuzileiros Navais entregue, anonimamente, à Comissão de Representação Externa da Câmara Federal, que assenta o tiroteio como tendo ocorrido em 12 de julho de 1972, na região de Perdidos, distante nove léguas a Oeste de Caianos. Esta localidade e data constam também na Carta de instrução 1/72 da Operação Papagaio, assinada pelo comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra, Uriburu Lobo da Cruz, conforme aponta o livro Dossiê Ditadura.

Já o Relatório da Manobra Araguaia, assinado pelo general Antônio Bandeira indica a mesma região de Perdidos, mas estabelece 13 de julho de 1972 como a data de morte de Idalísio. Este dia também é apontado em um relatório produzido em 1972 pelo CIE, Ministério do Exército que, por sua vez, registra Marabá (PA) como o local do óbito.

Por fim, outro relatório produzido pela mesma instituição, registra a data 13 de junho de 1972, indicando um possível erro de datilografia.

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