Atuação Profissional
médicoOrganização
Partido Comunista do Brasil (PCdoB)Filiação
Ilma Linck Haas e Ildefonso HaasData e Local de Nascimento
24/6/1941, São Leopoldo (RS)Data e Local de Morte
Desaparecimento em 30/9/1972 ou 10/1972, redondezas da área do Franco, Xambioá (TO)O Relatório Arroyo registra que João Carlos Haas Sobrinho, conhecido como Dr. Juca, da Guerrilha Araguaia, morreu em 30 de setembro de 1972, nas redondezas da área do Franco, por uma rajada de tiros de militares.
A documentação militar acerca do assunto aponta João Carlos apenas como desaparecido ou morto. O Relatório do Ministério do Exército, de 1993, citado pelo livro da CEMDP, afirma que ele teria desaparecido em 1972.
Já no Relatório do Ministério da Marinha do mesmo ano, ele consta como morto em Xambioá. O Relatório do Centro de Informações do Exército (CIE), de 1975, ratifica sua morte no ano 1972.
João Carlos Haas Sobrinho é considerado desaparecido político por não terem sido entregues os seus restos mortais aos familiares, o que não permitiu o seu sepultamento até os dias de hoje.
Conforme o exposto na Sentença da Corte Interamericana no caso Gomes Lund e outros, “o ato de desaparecimento e sua execução se iniciam com a privação da liberdade da pessoa e a subsequente falta de informação sobre seu destino, e permanece enquanto não se conheça o paradeiro da pessoa desaparecida e se determine com certeza sua identidade”, sendo que o Estado “tem o dever de investigar e, eventualmente, punir os responsáveis”.
Assim, recomenda-se a continuidade das investigações sobre as circunstâncias do caso de João Carlos Haas Sobrinho, localização de seus restos mortais, retificação da certidão de óbito, identificação dos demais agentes envolvidos e responsabilização dos agentes da repressão envolvidos no caso, conforme sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos que obriga o Estado brasileiro “a investigar os fatos, julgar e, se for o caso, punir os responsáveis e de determinar o paradeiro das vítimas”.
O Estado brasileiro utilizou uma série de mecanismos para amedrontar a população, sobretudo aqueles que não estivessem de acordo com as medidas ditatoriais. Conheça os reflexos do aparato repressivo e os focos de resistência na sociedade.