Pastor presbiteriano brasileiro, militante de direitos humanos, Jaime Wright foi um grande combatente contra a ditadura militar. Filho de missionários norte-americanos, estudou Teologia e fez pós-graduação na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos (EUA), em 1950. Voltou ao Brasil e se mudou para Ponte Nova, na Bahia, para dirigir o Instituto de Educação Presbiteriano Ponte Nova. Em 1968, assumiu a direção da Missão Presbiteriana do Brasil Central, em São Paulo.
Em 1973, seu irmão Paulo Stuart Wright desapareceu e foi assassinado pelos órgãos de repressão do regime militar. Publicou, pela Coordenadoria Ecumênica de Serviço, 1,8 milhões de exemplares da edição ecumênica da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Escreveu artigos para o exterior, denunciando as violações de direitos humanos no Brasil. Fundou, junto com Jan Rocha e Luiz Eduardo Greenhalgh, o Comitê de Defesa dos Direitos Humanos nos Países do Cone Sul.
Em 1975, participou do culto em memória a Vladimir Herzog, com Dom Paulo Evaristo Arns e o rabino Henry Sobel. A partir de 1979, a convite de Dom Paulo, trabalhou pela causa dos direitos humanos na Arquidiocese de São Paulo, e coordenou o projeto Brasil: Nunca Mais, que resultou na publicação de um livro, um inventário sobre a tortura no Brasil durante os 21 anos de ditadura.
Morreu em 1999 em Vitória, no Espírito Santo, vítima de infarto. Em dezembro de 2012, o pastor Derval Dasilio lançou o livro Jaime Wright – o pastor dos torturados, que conta a história do pastor presbiteriano que denunciou as injustiças na época da ditadura militar no Brasil.