Rita Sipahi é ex-militante da Ação Popular (AP) e do Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT). Atualmente é advogada de presos políticos e conselheira da Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça. Rita foi presa em 1971 e passou 11 meses no Presídio Tiradentes, onde conheceu seu marido, o também militante Alípio Freire. Lá, esteve presa na “torre das donzelas”, junto com Dilma Rousseff.
Em março de 2014, em depoimento à Comissão Municipal da Verdade “Vladimir Herzog”, de São Paulo (SP), Rita falou sobre as torturas vividas durante sua prisão. Ela afirma ter sido torturada no DOI-Codi em maio de 1971, pelo delegado Dirceu Gravina, que tinha o apelido de JC, Jesus Cristo. Outra militante do PRT, Lenira Machado, também depôs na mesma ocasião e afirmou ter sido torturada por JC diversas vezes. Gravina nega que tenha participado de torturas.
Atualmente, Rita, em parceria com seu companheiro Alípio Freire, realiza o esforço de reunir obras artísticas de presos políticos. Juntos, possuem mais de 300 peças que pretendem expor de forma permanente. Em 2013, realizaram a exposição “Insurreições: expressões plásticas nos presídios políticos de São Paulo”, no Memorial da Resistência, em São Paulo. O espaço reuniu desenhos, pinturas, xilogravuras, objetos artesanais, cartas e manuscritos de livros produzidos pelos presos políticos de cinco presídios de São Paulo, entre os anos de 1960 e 1970.