O Jornal Nacional estreou em setembro de 1969, com a função de servir à chamada “integração nacional”, nome dado pelos militares ao objetivo político de criar uma rede de comunicação e transportes em nível nacional. Foi o primeiro telejornal transmitido ao vivo em rede. O tom formal e frio, com informações que interessavam diretamente ao regime, deu ao jornal o apelido de “porta-voz da ditadura”. Todos os textos e reportagens gravadas passavam pelos fiscais da censura. Nenhuma notícia considerada agressiva à ditadura ia ao ar.
Do outro lado, o jornalismo da Band era considerado progressista para a época. A emissora, inaugurada com equipamentos modernos em 1967, investia numa grade sem comerciais e com debates políticos. Nos anos 1970, seu jornalismo se destacou, sobretudo na cobertura de eventos internacionais. A emissora também apresentou musicais com grandes nomes da MPB de esquerda, como Chico Buarque, Elis Regina e Milton Nascimento.
Outras referências importantes no jornalismo crítico foram o Globo Shell Especial, que posteriormente mudou de nome para Globo Repórter, e o jornalismo praticado pela TV Cultura. As reportagens nesses programas eram focadas nos problemas sociais e nos contrastes e desigualdades que o desenvolvimento econômico criava.