Roda Viva (1968), de Chico Buarque. Direção de José Celso Martinez Corrêa, coreografia de Klaus Vianna, figurino de Flávio Império. Com Marieta Severo, Marília Pera, Paulo César Pereio, Ruth Escobar, Zezé Motta e outros.
Estreou em janeiro de 1968, no Teatro Princesa Isabel, no Rio de Janeiro. Baseado em um texto de Chico Buarque sobre um ídolo da canção popular manipulado pela indústria fonográfica e pela imprensa. Zé Celso radicalizou as propostas tropicalistas apresentadas em O Rei da Vela e acirrou a crítica à sociedade de consumo. Os atores quebraram a “quarta parede” imaginária que dividia palco e plateia e interagiram com os espectadores, muitas vezes de maneira tensa: a encenação cobrava uma atitude do público. Tratava-se, nas palavras do crítico Anatol Rosenfeld, de um “teatro agressivo”. Depois de uma das apresentações em São Paulo, um grupo de cerca de vinte pessoas invadiu e depredou o Teatro Galpão, atacando violentamente membros do elenco.