Atuação Profissional

professor

Organização

Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Filiação

Julieta Petit da Silva e José Bernardino da Silva Júnior

Data e Local de Nascimento

18/6/1945, Iacanga (SP)

Data e Local de Morte

Desaparecimento entre 28/11/1973 e 22/12/1973, em Caianos (PA) ou grota do Nascimento ou 5km da casa do Raimundo Galego, perto da grota do Ezequiel ou Grota da Boragiga

Jaime Petit da Silva

Jaime Petit da Silva

O último registro de Jaime Petit da Silva no Relatório Arroyo ocorre entre os dias 28 e 29 de novembro de 1973.

Ao ir catar babaçu, o guerrilheiro teria se distanciado do grupo dirigido por Simão (Cilon Cunha Brum), que estava acampado nas cabeceiras da grota do Nascimento. Arroyo relata que, por voltas das 17h, ouviram-se tiros e Chico (Adriano Fonseca Filho) morreu, enquanto Jaime e Ferreira (Antônio Guilherme Ribeiro Ribas) ficaram desligados do grupo. A partir dessa data não se obteve mais notícias do guerrilheiro.

Diversas fontes ligadas aos militares atestam sua morte em 22 de dezembro de 1973, sem fornecer detalhes sobre em quais circunstâncias teria ocorrido ou sobre o local de sepultamento. Dentre estas estão: o Relatório do CIE de 1975, o Relatório do Ministério da Marinha ao ministro da Justiça, de 1993, e o Relatório do Ministério do Exército, entregue na mesma ocasião.

Em depoimento ao Ministério Público Federal, citado pelo Dossiê Ditadura, Sinésio Martins Ribeiro, ex-guia do Exército, informa que Jaime teria sido morto em tiroteio com os militares, após Josias (Tobias Pereira Júnior) ter entregado o ponto de encontro dos guerrilheiros no meio da mata. O episódio teria ocorrido a aproximadamente 5 km da casa do Raimundo Galego, perto da grota do Ezequiel.

Sinésio declarou que o guerrilheiro portava sua carteira de identidade quando foi encontrado pelos militares, e que seu corpo teria sido levado ao pé do morro, onde foi decapitado. Seu corpo teria sido enterrado em uma cova rasa no local e sua cabeça entregue ao Dr. Augusto pelo guia Raimundo “Baixinho”. Já Pedro Ribeiro Alves, Pedro Galego, no mesmo inquérito, declarou que o comandante do Exército Maulino mandou-o enterrar o corpo de Jaime, que estaria na grota da Boragiga, sem a cabeça.

Pedro, que conheceu o guerrilheiro em vida, afirma ter reconhecido seu corpo em razão das características físicas e confirma que Sinésio acompanhava o grupo de militares responsável pela morte de Jaime.

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