O termo happening foi criado no fim dos anos 1950 pelo americano Allan Kaprow, para designar um recurso do artista, que combina artes visuais e um teatro sui generis, sem texto nem representação. No Brasil, Flávio de Carvalho é o pioneiro da performance – quando em meados dos anos 1950 saiu pela centro de São Paulo trajando saias – em nome de uma nova moda masculina. O Grupo Rex, criado em São Paulo por Wesley Duke Lee, Nelson Leirner, Carlos Fajardo, José Resende, Frederico Nasser, entre outros, também realizou uma série de happenings, como o concebido por Wesley Duke Lee, em 1963, no João Sebastião Bar. O “Grande Espetáculo das Artes”, como é chamado o evento, tem origem na irritação do artista por não conseguir expor a série “Ligas”, considerada excessivamente erótica. O happening tem como eixo uma atitude de rechaço à crítica e às galerias de arte.