Armando Souza Dias é acusado de ter atuado no DOI-Codi e de ter sido agente do Serviço Nacional de Informações (SNI). Hoje, segundo a mesma denúncia, seria servidor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em Belém, no Pará. Ele é acusado ainda, juntamente com o também suposto servidor da Abin do Pará Magno José Borges, de ter comandado uma operação da agência para ocultar restos mortais encontrados em 2001 no Forte do Castelo.
A denúncia, feita por Paulo Fontelles Filho, membro do Comitê Paraense pela Memória, Verdade e Justiça, está sendo investigada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, que solicitou esclarecimentos à Abin. Os restos mortais encontrados podem ser de desaparecidos políticos mortos pela ditadura militar na região do Araguaia. Ainda segundo Paulo Fontelles Filho, Armando Souza Dias participou diretamente de torturas e assassinatos de militantes da Guerrilha do Araguaia nos anos 1970.