Candido da Costa Aragão ingressou na carreira militar em 1926, passou por todas as graduações militares até que em 1945 chegou ao posto de capitão. Em 1960, durante o governo Kubitschek, foi promovido a contra-almirante e nos anos seguintes, chegou ao posto de vice-almirante e comandante geral do Corpo de Fuzileiros Navais. Mas Aragão teve destaque mesmo durante o governo de João Goulart quando, cumprindo um papel de militar nacionalista e legalista, apoiou as Reformas de Base do governo.
Com a consumação do golpe, foi preso e levado à fortaleza de Lajes, onde permaneceu incomunicável por quatro meses. Por causa dos maus tratos na prisão, ficou cego de um olho. Com a promulgação do AI-1, teve seus direitos políticos cassados por dez anos. Alguns meses depois, obteve habeas corpus e se exilou no Uruguai.
Até o final da década de 1970, Aragão viveu em inúmeros países. Com a Lei da Anistia, voltou ao Brasil, mas, ao desembarcar no Rio de Janeiro em 1979, ficou detido por 50 dias. Finalmente foi absolvido das acusações em 1981.