Florestan Fernandes foi um militante, político e professor universitário brasileiro. Um dos sociólogos mais importantes do país, com mais de 50 livros publicados, tem uma obra que faz uma reflexão crítica sobre o Brasil. Foi mestre de outros renomados sociólogos, como Octávio Ianni e Fernando Henrique Cardoso.
Filho de mãe solteira, que trabalhava como empregada doméstica, Florestan teve uma infância pobre, mas em contato permanente com os livros, graças à influência da patroa de sua mãe. Começou a trabalhar aos seis anos como engraxate e desempenhou diversos ofícios.
Em 1951, tornou-se doutor. Foi assistente catedrático, livre-docente e professor titular na cadeira de Sociologia, substituindo o sociólogo e professor francês Roger Bastide.
Após a promulgação do Ato Institucional Nº 5 (AI-5), o governo militar o aposentou compulsoriamente. O sociólogo se exilou nos Estados Unidos e no Canadá, onde lecionou nas universidades de Yale, Columbia e Toronto. Voltou ao Brasil em 1972, e escolheu a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) para lecionar. Mesmo depois da ditadura, nunca quis se reintegrar à USP.
Em 1986, Florestan ingressou no Partido dos Trabalhadores (PT) e foi eleito deputado constituinte pelo partido. Em 1990, foi reeleito para a Câmara. Faleceu em 1995, devido a complicações no fígado. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) homenageou o sociólogo, dando seu nome a sua Escola Nacional de Formação.