Diretor do Hospital e Maternidade Santa Isabel de Aracaju, Sergipe, José Carlos Pinheiro é acusado de ter participado de sessões de tortura no 28° Batalhão de Caçadores, centro de repressão da capital sergipana durante a ditadura militar. Segundo as denúncias, ele auxiliava os torturadores ao avaliar se as vítimas suportariam mais suplícios.
Pinheiro foi alvo de dois escrachos organizados pelo Levante Popular da Juventude, um em 26 de março e outro em 14 de maio de 2012. Após os protestos, o médico moveu uma ação por calúnia contra seis integrantes do movimento. Em nota, ele afirmou: “Minha formação ética e humanista não se compadece com o auxílio a qualquer atividade de tortura”. O advogado dos ativistas disse que os jovens se basearam em relatos de presos políticos, como o do ex-vereador de Aracaju, Marcélio Bonfim, que em 1989 citou o nome de três médicos que teriam acompanhado as sessões de tortura às quais foi submetido, entre eles, Pinheiro.