Maurício Lopes Lima, tenente-coronel do Exército, entre outubro de 1969 e o início de 1971, foi dirigente da Oban e depois do DOI-Codi de São Paulo, responsável por torturas durante esse período. É acusado pela presidenta Dilma Rousseff de ter presenciado sua tortura. Em depoimento à Justiça Militar na época, ela disse que o oficial chefiou dois outros militares que compareceram ao presídio Tiradentes, onde ela estava presa, e a ameaçaram. Segundo Dilma, à pergunta de se eles estavam autorizados pelo Poder Judiciário, Lima teria respondido: “Você vai ver o que é o juiz lá na Operação Bandeirante [Oban]”.
Maurício Lopes Lima é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos responsáveis por seis mortes e desaparecimentos forçados e por torturar outras 20 pessoas em 1969 e 1970. Segundo o órgão, ele foi “chefe de equipe de busca e orientador de interrogatórios” da Oban. Ele se defende dizendo que exercia apenas funções investigativas.
Em novembro de 2011, o Tribunal Regional Federal de São Paulo decidiu que ele e os outros militares acusados não poderiam mais ser condenados pelo fato de seus crimes já terem prescrito. O MPF, no entanto, recorre dessa decisão.