Organização

Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Filiação

Rita Orlando dos Santos e José Orlando da Costa

Data e Local de Nascimento

27/4/1938, Passa Quatro (MG)

Data e Local de Morte

Desaparecimento em 7/2/1974 ou 4/1974, Saranzal, perto de São Domingos (PA)/Xambioá (TO)/Brasília (DF)

Oswaldo Orlando da Costa (Osvaldão)

Oswaldo Orlando da Costa (Osvaldão)

Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão, era esportista, engenheiro, oficial da reserva do Exército e membro do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), organização por meio da qual embarcou na luta armada. Foi um dos primeiros participantes da Guerrilha do Araguaia, na região do Bico do Papagaio, próxima da fronteira entre o Pará e o Tocantins, local onde foi visto com vida pela última vez. Segundo registros oficiais, é dado como morto, embora seus restos mortais nunca tenham sido encontrados.

Ainda antes do golpe, na década de 1950, Osvaldão foi campeão de boxe amador, no Rio de Janeiro, e se tornou oficial de reserva do Exército brasileiro após cursar o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR). Nunca, porém, chegou a servir às Forças Armadas. Pelo contrário. Mais tarde, iria à Tchecoslováquia, aliada da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), para se formar engenheiro na Universidade de Praga.

Próximo ao término de seu curso, retornou ao Brasil. Entre 1966 e 1967, rumou ao Araguaia, onde seria responsável pela criação da guerrilha de resistência à ditadura. Instalou-se e fez amizade com a maioria dos camponeses, garimpeiros e ribeirinhos. Ninguém conhecia a área tão bem quanto Osvaldão. Era muito querido e respeitado pela população e também por seus companheiros de militância. Dizia-se que era uma figura inconfundível: forte, negro, com quase dois metros de altura. Tornou-se uma lenda local, por suas habilidades, capacidade de liderança e espírito meigo e afetuoso.

Liderou diversas incursões da guerrilha contra o Exército. Acreditava-se que jamais seria pego ou morto pelo exército. Em 1974, foi traído por um camponês local, Arlindo Piauí, que teria entregado Osvaldão às Forças Armadas. As versões divergem: ele pode ter morrido nas mãos do próprio Piauí ou ter sido preso e posteriormente fuzilado. Conta-se que, uma vez morto, seu corpo mutilado teria sido exibido como troféu em várias localidades da região, com o objetivo de extinguir qualquer vestígio do mito que já se tornara.

Sobre
Saiba mais sobre o projeto, realizadores e seus objetivos.
Apoio ao Educador
Aplique o conteúdo sobre a ditadura no Brasil na sala de aula para ampliar o estudo da História do Brasil e a formação da cidadania com o suporte de sequências didáticas e a promoção do protagonismo dos alunos. Consulte sequências didáticas que poderão auxiliar os educadores a trabalharem o tema da ditadura militar brasileira em sala de aula.
Projetos
Visite a galeria de projetos especiais realizados pelo Instituto Vladimir Herzog na promoção da Memória, Verdade e Justiça no Brasil, e na difusão de histórias inspiradoras de luta.
Acervo
Explore uma diversidade de conteúdos relacionados ao período da ditadura militar brasileira que ocorreu entre 1964 e 1985.
Memória Verdade e Justiça
Os direitos da Justiça de Transição promovem o reconhecimento e lidam com o legado de atrocidades de um passado violento e de um presente e futuro que precisam ser diferentes, para que se possa dizer: “nunca mais!”. Conheça algumas medidas tomadas pelo Estado e sociedade brasileiros para lidar com o que restou da ditadura de 1964.
Cultura e Sociedade
Apesar do conservadorismo e da violência do regime, a produção cultural brasileira durante a ditadura militar se notabilizou pelo engajamento político e desejo de mudança. Conheça um pouco mais sobre as influências do período em diversos setores da sociedade.
Repressão e Resistência

O Estado brasileiro utilizou uma série de mecanismos para amedrontar a população, sobretudo aqueles que não estivessem de acordo com as medidas ditatoriais. Conheça os reflexos do aparato repressivo e os focos de resistência na sociedade.