Riscala Corbaje, coronel reformado da Polícia Militar, foi chefe da equipe de interrogadores do DOI-Codi do Rio de Janeiro entre 1970 e 1972. Era também conhecido como “Nagib”. Em depoimento ao grupo Justiça de Transição do Ministério Público Federal, em maio de 2014, Corbaje admitiu ter torturado mais de 500 presos políticos no período em que esteve à frente do órgão de repressão. Segundo ele, o método mais utilizado era o pau de arara.
Uma das vítimas do coronel foi Cecília Coimbra, ex-militante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). A cineasta Lúcia Murat também acusa Corbaje de tê-la torturado. Em depoimento no seminário “Verdades que a Ditadura Escondeu”, no curso de Comunicação da PUC do Rio de Janeiro, ela relatou que foi abusada sexualmente por ele. Em 1985, Corbaje ocupou o cargo de assessor de segurança do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj).