Arte como experiência e acontecimento – Os happenings, originados nos Estados Unidos com Allan Kaprow nos anos 1950, chegaram ao Brasil como ações híbridas entre artes visuais, teatro e performance. Caracterizavam-se pela improvisação, pela ausência de roteiro e pela forte presença do público. No Brasil, o precursor foi Flávio de Carvalho, com sua caminhada de saia pelo centro de São Paulo, nos anos 1950. Mais tarde, o Grupo Rex também realizou happenings provocadores, como o “Grande Espetáculo das Artes”, que questionava a censura e os limites da exposição. O happening tem como eixo uma atitude de rechaço à crítica e às galerias de arte. Além disso, essas manifestações reforçavam a arte como experiência e intervenção no cotidiano, em oposição à contemplação passiva.