O cenário da peça Morte e Vida Severina (1960) foi considerado o estopim para a formulação da arquitetura nova no Brasil. A montagem da qual Flávio Império participou como cenógrafo e figurinista foi uma produção do Teatro Experimental Cacilda Becker, com direção de Clemente Portella e estreou no Teatro Natal, em São Paulo.
O artista explorou uma série de elementos como a utilização de tecidos de algodão e estopa engomados e a expressividade das máscaras. O espaço do palco foi organizado simetricamente e, no plano de fundo, havia projeções de slides com imagens que remetiam à realidade cotidiana das pessoas marginalizadas. As fotografias de Benedito Lima de Toledo realizadas na estação do Norte mostravam a chegada flagelada de migrantes à cidade, com o sonho da prosperidade. Com Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal, Flávio Império foi um dos fundadores do Teatro de Arena.