Fernando Peixoto (Fernando Amaral dos Guimarães Peixoto, Porto Alegre, 1937-São Paulo, 2012). Dirigiu algumas das peças mais importantes do teatro de resistência. No Oficina, sob a direção de Zé Celso, atuou em O Rei da Vela, Galileu Galilei (de Brecht, em 1968) e Na Selva das Cidades (também com um texto de Brecht, em 1968). Em seguida, atuou em produções do Teatro de Arena, como Arena Conta Zumbi e Arena Conta Bolívar.
Sua carreira de encenador foi muito influenciada pelo trabalho de Bertolt Brecht. Desse autor, ele dirigiu Tambores da Noite (em 1972), e Terror e Miséria no III Reich (em 1979). Dirigiu ainda Um Grito Parado no Ar (1973) e Ponto de Partida (1976), ambas de Gianfrancesco Guarnieri, e Mortos Sem Sepultura (1977), de Jean-Paul Sartre. Também era o diretor de Calabar (1973), peça que foi proibida dias antes de estrear e só pôde entrar em cartaz em 1980. Fernando Peixoto trabalhou ainda como autor de ensaios, tradutor, professor e diretor de coleção nas editoras Paz e Terra e Hucitec.