O médico-legista Harry Shibata é acusado de assinar laudos necroscópicos falsos de presos políticos assassinados pela ditadura. Seu nome aparece diversas vezes no “Dossiê dos mortos e desaparecidos políticos a partir de 1964”, da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos.
Entre os laudos assinados por ele, estão o de Carlos Marighella, dado como morto em tiroteio, mas, na verdade, executado com diversos tiros; Vladimir Herzog, que segundo o regime teria cometido suicídio, versão já desmentida oficialmente pelo Estado brasileiro; e Sônia Maria Angel Jones, cuja tortura e estupro teria sido transformada por Shibata em morte por tiroteio.
Em abril de 2012, o médico sofreu um “escracho” em frente de sua casa, no Alto de Pinheiros, em São Paulo, organizado pela Frente de Esculacho Popular (FEP).