Foi uma das figuras chave no processo de associação de parte do empresariado paulista à repressão promovida pelo governo militar. Presidiu a Fiesp de 1967 a 1980. Nesse período, conseguiu pôr em contato inúmeros empresários que financiavam a repressão em coletas feitas na entidade, durante reuniões promovidas por Bueno Vidigal (Banco Mercantil de São Paulo), João Batista Leopoldo Figueiredo (Itaú e Scania), Paulo Ayres Filho (Pinheiros Produtos Farmacêuticos).
Recentemente, nos levantamentos feitos pela Comissão Nacional da Verdade, descobriu-se que, durante toda a década de 1960 e 1970, empresários do setor industrial e todos vinculados à Fiesp estiveram na Escola Superior de Guerra (ESG), ministrando palestras em torno do que eles chamaram de “movimento de defesa grupal dos princípios democráticos”. O próprio De Nigris ministrou uma palestra em julho de 1972 na qual foi enfático ao afirmar: “Acontecimentos que precederam a revolução vitoriosa de 1964 e o uso das guerras psicológicas e revolucionárias são exemplos vivos de que precisamos estar vigilantes e organizados”.