“Você tinha que falar sem falar nada, (…) até porque anteriormente carnaval era coisa se negros, cidadãos de segunda classe”, narra Mestre Gabi, como é conhecido Gabriel de Souza Martins, sobre como era a censura aos samba-enredos dos carnavais do período da Ditadura.
Mestre Gabi nasceu em SP, em 08 de novembro de 1947. Seus pais compraram um terreno e construíram uma casa na zona leste de SP, onde Gabriel vive até hoje. Ele considera ter sido uma criança privilegiada, por ter conseguido fazer Escola Técnica para desenho de edificações. Entrou para o ramo de Marmoraria e ficou por mais de 30 anos. Participou de obras importantes como a da Estação Sé e São Bento do metrô. Seu envolvimento com a escola de samba começou no início dos anos 80, quando desfilou pela Barroca da Zona Sul. Em 83, cria um samba enredo para o desfile: “75 anos da imigração japonesa no Brasil”, sagrado o melhor daquele ano. Sofreu situações de racismo, mas tenta levar tudo com calma e muita conversa. Foi mestre-sala pela Escola de Samba Camisa Verde e Branco e presidente da Amespbeesp.
Para conhecer essa história completa, acesse: https://acervo.museudapessoa.org/pt/conteudo/historia/mestre-diplomatico-208530/colecao/208523
Créditos: Alisson da Paz e Luis Ludmer
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Esta iniciativa busca fortalecer a consciência democrática da sociedade brasileira, e foi viabilizada através do projeto “Cotidianos Invisíveis da Ditadura” – 6074.2021/0007181-2, relacionado ao termo de fomento Nº TFM/083 /2021/SMDHC/DEDH, por meio da Secretaria de Direitos Humanos do Município de São Paulo, com a realização do Museu da Pessoa e do Instituto Vladimir Herzog: https://acervo.museudapessoa.org/pt/conteudo/colecao/cotidianos-invisiveis-da-ditadura-208523