Durante um período, Maria visitava sua mãe hospitalizada na Santa Casa pelo menos duas vezes por semana. Na volta para casa, quando tinha que passar pela Praça da República, fugia de balas que os policiais militares usavam para dispersar as manifestações dos estudantes. Ninguém a ajudava.
Nasceu em um dia chuvoso em fevereiro de 1955, na zona norte de SP. Seu pai abandonou a família quando era muito pequena. Maria, sua mãe e seu irmão passaram por muitas dificuldades até se estabelecerem. Ela trabalhou de diversas formas desde criança para conseguir se sustentar. No final dos anos 60, aos 12 anos, pequena e franzina, para visitar sua mãe internada, precisava atravessar a Praça da República desviando das balas e bombas que a polícia lançava contra os estudantes. Mesmo sem incentivos, enfrentando situações de preconceito racial e social, com muito esforço, estudou e conseguiu se formar em Economia pela Universidade de Mogi das Cruzes. Trabalhou na área de vendas da Siderúrgica Fiel e na Gerdau, onde chegou a ser coordenadora de equipe e ficou até se aposentar.
Para conhecer essa história completa, acesse: https://acervo.museudapessoa.org/pt/conteudo/historia/sou-persistente-quando-falei-que-vinha-nasci-208277/colecao/208523
Créditos: Alisson da Paz e Luis Ludmer
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Esta iniciativa busca fortalecer a consciência democrática da sociedade brasileira, e foi viabilizada através do projeto “Cotidianos Invisíveis da Ditadura” – 6074.2021/0007181-2, relacionado ao termo de fomento Nº TFM/083 /2021/SMDHC/DEDH, por meio da Secretaria de Direitos Humanos do Município de São Paulo, com a realização do Museu da Pessoa e do Instituto Vladimir Herzog: https://acervo.museudapessoa.org/pt/conteudo/colecao/cotidianos-invisiveis-da-ditadura-208523