A reforma agrária proposta pelo governo de Jango gerou enorme incômodo nas classes proprietárias. Mesmo que o projeto de reforma agrária afetasse apenas 3,4% dos proprietários rurais brasileiros, estes correspondiam aos segmentos mais privilegiados e poderosos do país, com capacidade de influenciar outros proprietários, que sequer seriam afetados. Isso ocorreu porque o monopólio da terra é a principal fonte de poder político das elites no Brasil, desde os tempos da colonização. Repartir terras com pessoas pobres é visto como uma ameaça. Nessa sequência, vamos entender como os camponeses brasileiros foram reprimidos pela ditadura, o que a ditadura fez em relação às demandas por reforma agrária, e como a concentração fundiária brasileira foi conservada de acordo com a vontade dos latifundiários. O número de aulas indicado é apenas uma sugestão. É possível utilizar mais ou menos aulas de acordo com sua necessidade.
Para aplicar essa sequência, recomendamos a leitura do Texto 3 – “Violações de direitos humanos dos camponeses” do relatório final da CNV (volume 2).
Sequência didática
- Aula 1 – Reforma agrária, na lei ou na marra
- Aula 2 – Cabra Marcado Pra Morrer
- Aula 3 – Violência da ditadura contra camponeses
- Aula 4 – Assassinatos e violência no campo
- Aula 5 – Memória camponesa e violência no campo hoje