Anos 75 – 79

Anos 75 – 79
8/3/1975
25/4/1975
27/6/1975
25/10/1975
31/10/1975
17/1/1976
24/3/1976
14/4/1976
19/8/1976
22/8/1976
22/9/1976
15/11/1976
16/12/1976
31/12/1976
20/1/1977
25/3/1977
14/4/1977
5/5/1977
21/5/1977
4/7/1977
22/9/1977
12/10/1977
31/12/1977
15/1/1978
12/5/1978
12/6/1978
8/9/1978
15/10/1978
27/10/1978
29/12/1978
11/2/1979
15/3/1979
1/5/1979
22/6/1979
30/6/1979
28/8/1979
6/9/1979
21/11/1979
Ato pela anistia na Cinelândia
Movimento Feminino pela Anistia

É criado o Movimento Feminino pela Anistia por Tereza Zerbini, em São Paulo.

Acaba a Guerra do Vietnã

Depois de vinte anos lutando contra franceses, americanos e seus aliados internos, a guerilha comunista apoiada pelo Vietnã do Norte toma a capital do Vietnã do Sul (Saigon). Com a evacuação dos norte-americanos, a Guerra do Vietnã, uma das mais longas e sangrentas do século XX, é finalmente encerrada e o país unificado.

Nuclear verde e amarelo

Brasil fecha acordo nuclear com a Alemanha, para desenvolvimento do uso de energia atômica, desagradando aos Estados Unidos, que supõem que o país esteja desenvolvendo uma bomba atômica.

Edição do jornal Ex trouxe questionamentos sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog
Herzog é assassinado

Sob intensa tortura, Vladimir Herzog é assassinado nas dependências do DOI-Codi paulista. Na tentativa de esconder o crime, os agentes da polícia simulam um suicídio por enforcamento do jornalista.

Ato na Catedral da Sé em memória a Vladimir Herzog em 1975
Ato ecumênico para Herzog

Mesmo com o AI-5, comparecem mais de 10 mil pessoas ao ato ecumênico para Herzog, na Catedral da Sé, em São Paulo.

Assassinato de Manoel Fiel Filho

O metalúrgico Manoel Fiel Filho é encontrado morto nas dependências do DOI-Codi. A grande repercussão levou o presidente Geisel a demitir o general Ednardo D’Vila Mello do comando do 2º Exército.

Registro do juramento de Jorge Videla como presidente da Argentina
Isabelita Perón é deposta

Na Argentina, militares tomam o poder novamente e Isabelita Perón fica em prisão domiciliar. Começa a "guerra suja" contra a esquerda que causará milhares de mortos e desaparecidos.

Zuzu Angel
Morre Zuzu Angel

Zuzu Angel, que denunciava a tortura, morte e ocultação do cadáver de Stuart Angel, seu filho, é morta por agentes da repressão num acidente automobilístico forjado.

Explosão na ABI

Uma bomba explode na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio. Outra que falhou é encontrada na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ambas as ações são reivindicadas pela organização de direita Aliança Anticomunista Brasileira.

JK morre

Morre em um acidente na rodovia Dutra o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek. Até hoje, pairam suspeitas sobre os motivos do acidente.

Direita terrorista

O bispo de Nova Iguaçu, D. Adriano Hypólito, é sequestrado por um grupo a favor dos militares no poder.

“Opinião” sofre atentado

Grupo a favor dos militares no poder, atira uma bomba na sede do jornal Opinião.

"Chacina da Lapa"

A casa onde ocorria uma reunião secreta do PCdoB é atacada pelas forças de segurança, matando três dirigentes do partido, entre eles um sobrevivente da guerrilha do Araguaia, Ângelo Arroyo. No dia seguinte, outros 5 integrantes foram presos e torturados.

Morre o presidente deposto

Morre o ex-presidente da República João Goulart, supostamente por "causas naturais". O cortejo fúnebre é autorizado para entrar no Brasil, de maneira discreta, e o corpo é enterrado em São Borja.

Presidente Geisel com Jimmy Carter e Rosalynn Carter
Jimmy Carter é presidente dos EUA

Jimmy Carter, que condena a violação dos direitos humanos pela ditadura brasileira, é o novo presidente norte-americano. Os Estados Unidos, amigo número 1 do regime que ajudou a implantar, se distancia.

Geisel rompe o acordo militar com os EUA

Geisel não vê com bons olhos o relatório sobre direitos humanos do governo norte-americano e rompe o acordo militar com o país.

Capa do O Estado de São Paulo de 1 de abril de 1977.
Senador biônico

Após fechar o Congresso, Geisel baixa o Pacote de Abril, no qual promove a reforma do Judiciário, estabelece o mandato presidencial de seis anos, além de criar o cargo de "senador biônico", ou seja, indicado pelo Presidente.

O protesto volta às ruas

Em ato de protesto contra a prisão de estudantes e operários, cerca de 7 mil pessoas saem às ruas em São Paulo. A PM, comandada pelo coronel Erasmo Dias, reprimem duramente os estudantes. Depois de nove anos, voltam as passeatas estudantis.

Morre Carlos Lacerda

Símbolo da direita civil e golpista, o jornalista e político Carlos Lacerda estava afastado o regime que ajudou a construir desde 1966, com os direitos políticos cassados desde 1968. Foi o último dos líderes da Frente Ampla de 1966 a morrer, supostamente de causas acidentais ou naturais, em um período de um ano.

Lula junto aos trabalhadores na greve de 1979 no ABC paulista
Lula, ainda Luiz, mobiliza o ABC

Lula mobiliza os metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), que pedem reposição salarial de 34%.

PUC invadida

Mais uma vez sob o comando de Erasmo Dias, a PM invade a PUC-SP e prende cerca de mil pessoas que participavam do encontro nacional de estudantes.

Ministro do Exército é exonerado

Depois de uma tentativa de golpe de Estado contra a "abertura", Geisel exonera Silvio Frota, ministro do Exército, próximo da "linha dura".

Economia na pior

A economia cai, na realidade, com uma dívida de US$ 32 bilhões, crescimento do PIB de 4,9% e inflação de 40%.

Ato pela anistia e protesto contra a Lei de Segurança Nacional na cidade de São Paulo
Comitê Brasileiro pela Anistia

É fundado o Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA) do Rio de Janeiro. Ao longo do ano, a Campanha pela Anistia "ampla, geral e irrestrita" toma as ruas.

Operários reunidos em Assembleia Geral na cidade de São Bernardo dos Campos
Primeira greve após o AI-5

Em São Bernardo do Campo, funcionários da Scania fazem a primeira greve após o AI-5.

O líder sindical Luiz Inácio da Silva discursa para trabalhadores em 1979.
Enfim, o acordo

É fechado o acordo entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema e as empresas com funcionários em greve. O movimento operário inventa novas formas de organização e luta. É o "novo sindicalismo" que surge como novo ator na luta por direitos.

Ato pela anistia em São Paulo
Anistia ampla, geral e irrestrita

Primeiro Encontro Nacional de Movimentos pela Anistia aprova a Carta de Salvador, na qual pedem a anistia ampla, geral e irrestrita.

Figueiredo junto a militares em Cerimônia oficial
João Baptista Figueiredo

O general João Baptista Figueiredo é eleito, indiretamente é claro, o novo presidente da República, prometendo continuar a política da "abertura".

Jornalista Vladimir Herzog em 1966
União matou Herzog, diz Justiça

A Justiça responsabiliza a União pela morte do jornalista Vladimir Herzog, em decisão que afronta os militares no poder.

Aeroporto de São Paulo recebendo uma multidão que aguardava retorno de exilados
O retorno

Geisel revoga o banimento de 126 brasileiros.

Torcidas do Santos e do Corinthians juntas em campanha pela Anistia geral e irrestria
A faixa

Durante o jogo entre Corinthians e Santos, uma grande faixa com os dizeres "Anistia ampla, geral e irrestrita" se estende na arquibancada. As redes de televisão exibem e os jornais do dia seguinte circulam a notícia.

Posse de Figueiredo em 1979.
Posse de Figueiredo

Em discurso, o novo presidente promete “a mão estendida em conciliação", jurando fazer “deste país uma democracia”. A sociedade civil se afirma cada vez mais critica ao regime, estimulada pela crise econômica cada vez mais grave.

Sérgio Paranhos Fleury
Queima de arquivo

Em Ilhabela, no litoral paulista, morre o torturador e delegado Sérgio Paranhos Fleury, em circunstâncias até hoje misteriosas

32 dias de greve de fome

Nas penitenciárias do país, 51 presos políticos aderiram à greve de fome cobrando a promulgação da Anistia.

Ato pela anistia na Cinelândia
Conferência Internacional pela Anistia no Brasil

Na Itália, a Conferência Internacional pela Anistia no Brasil reforça a intenção de uma anistia ampla, geral e irrestrita no país.

Em manifestação pela Anistia em 1979 na cidade de São Paulo uma pomba pousa sobre faixa
Sancionada a Lei de Anistia

Depois de ser votada pelas lideranças do Congresso, que praticamente mantém o projeto do governo, a lei é sancionada. Segundo o Superior Tribunal Militar, a lei beneficia 4.650 pessoas, mas desagrada os movimentos pelos direitos humanos e familiares de desaparecidos e mortos, pois "perdoa" os torturadores, ao mesmo tempo que deixa de fora os guerrilheiros que cometeram "crimes de sangue".

Brizola em campanha no Rio de Janeiro em 1982
Brizola volta ao Brasil

Leonel Brizola retorna ao país após exílio de 15 anos. Outros ainda retornariam até o fim do ano, como Miguel Arraes e Luiz Carlos Prestes, este último recebido por 10 mil pessoas no aeroporto do Galeão.

O fim do bipartidarismo

Congresso aprova emenda que extingue o MDB e a Arena e permite a criação de novos partidos. A oposição se fragmenta e o partido oficial permanece unido. Mas é o PMDB que se destaca como grande partido de oposição moderada, ao lado do Partido dos Trabalhadores, nascido no seio dos movimentos sindicais e sociais. Brizola cria o Partido Democrático Trabalhista, na tradição do velho PTB getulista.

Ato pela anistia na Cinelândia
8/3/1975
Movimento Feminino pela Anistia

É criado o Movimento Feminino pela Anistia por Tereza Zerbini, em São Paulo.

8/3/1975
25/4/1975
Acaba a Guerra do Vietnã

Depois de vinte anos lutando contra franceses, americanos e seus aliados internos, a guerilha comunista apoiada pelo Vietnã do Norte toma a capital do Vietnã do Sul (Saigon). Com a evacuação dos norte-americanos, a Guerra do Vietnã, uma das mais longas e sangrentas do século XX, é finalmente encerrada e o país unificado.

25/4/1975
27/6/1975
Nuclear verde e amarelo

Brasil fecha acordo nuclear com a Alemanha, para desenvolvimento do uso de energia atômica, desagradando aos Estados Unidos, que supõem que o país esteja desenvolvendo uma bomba atômica.

27/6/1975
Edição do jornal Ex trouxe questionamentos sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog
25/10/1975
Herzog é assassinado

Sob intensa tortura, Vladimir Herzog é assassinado nas dependências do DOI-Codi paulista. Na tentativa de esconder o crime, os agentes da polícia simulam um suicídio por enforcamento do jornalista.

25/10/1975
Ato na Catedral da Sé em memória a Vladimir Herzog em 1975
31/10/1975
Ato ecumênico para Herzog

Mesmo com o AI-5, comparecem mais de 10 mil pessoas ao ato ecumênico para Herzog, na Catedral da Sé, em São Paulo.

31/10/1975
17/1/1976
Assassinato de Manoel Fiel Filho

O metalúrgico Manoel Fiel Filho é encontrado morto nas dependências do DOI-Codi. A grande repercussão levou o presidente Geisel a demitir o general Ednardo D’Vila Mello do comando do 2º Exército.

17/1/1976
Registro do juramento de Jorge Videla como presidente da Argentina
24/3/1976
Isabelita Perón é deposta

Na Argentina, militares tomam o poder novamente e Isabelita Perón fica em prisão domiciliar. Começa a "guerra suja" contra a esquerda que causará milhares de mortos e desaparecidos.

24/3/1976
Zuzu Angel
14/4/1976
Morre Zuzu Angel

Zuzu Angel, que denunciava a tortura, morte e ocultação do cadáver de Stuart Angel, seu filho, é morta por agentes da repressão num acidente automobilístico forjado.

14/4/1976
19/8/1976
Explosão na ABI

Uma bomba explode na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio. Outra que falhou é encontrada na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ambas as ações são reivindicadas pela organização de direita Aliança Anticomunista Brasileira.

19/8/1976
22/8/1976
JK morre

Morre em um acidente na rodovia Dutra o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek. Até hoje, pairam suspeitas sobre os motivos do acidente.

22/8/1976
22/9/1976
Direita terrorista

O bispo de Nova Iguaçu, D. Adriano Hypólito, é sequestrado por um grupo a favor dos militares no poder.

22/9/1976
15/11/1976
“Opinião” sofre atentado

Grupo a favor dos militares no poder, atira uma bomba na sede do jornal Opinião.

15/11/1976
16/12/1976
"Chacina da Lapa"

A casa onde ocorria uma reunião secreta do PCdoB é atacada pelas forças de segurança, matando três dirigentes do partido, entre eles um sobrevivente da guerrilha do Araguaia, Ângelo Arroyo. No dia seguinte, outros 5 integrantes foram presos e torturados.

16/12/1976
31/12/1976
Morre o presidente deposto

Morre o ex-presidente da República João Goulart, supostamente por "causas naturais". O cortejo fúnebre é autorizado para entrar no Brasil, de maneira discreta, e o corpo é enterrado em São Borja.

31/12/1976
Presidente Geisel com Jimmy Carter e Rosalynn Carter
20/1/1977
Jimmy Carter é presidente dos EUA

Jimmy Carter, que condena a violação dos direitos humanos pela ditadura brasileira, é o novo presidente norte-americano. Os Estados Unidos, amigo número 1 do regime que ajudou a implantar, se distancia.

20/1/1977
25/3/1977
Geisel rompe o acordo militar com os EUA

Geisel não vê com bons olhos o relatório sobre direitos humanos do governo norte-americano e rompe o acordo militar com o país.

25/3/1977
Capa do O Estado de São Paulo de 1 de abril de 1977.
14/4/1977
Senador biônico

Após fechar o Congresso, Geisel baixa o Pacote de Abril, no qual promove a reforma do Judiciário, estabelece o mandato presidencial de seis anos, além de criar o cargo de "senador biônico", ou seja, indicado pelo Presidente.

14/4/1977
5/5/1977
O protesto volta às ruas

Em ato de protesto contra a prisão de estudantes e operários, cerca de 7 mil pessoas saem às ruas em São Paulo. A PM, comandada pelo coronel Erasmo Dias, reprimem duramente os estudantes. Depois de nove anos, voltam as passeatas estudantis.

5/5/1977
21/5/1977
Morre Carlos Lacerda

Símbolo da direita civil e golpista, o jornalista e político Carlos Lacerda estava afastado o regime que ajudou a construir desde 1966, com os direitos políticos cassados desde 1968. Foi o último dos líderes da Frente Ampla de 1966 a morrer, supostamente de causas acidentais ou naturais, em um período de um ano.

21/5/1977
Lula junto aos trabalhadores na greve de 1979 no ABC paulista
4/7/1977
Lula, ainda Luiz, mobiliza o ABC

Lula mobiliza os metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), que pedem reposição salarial de 34%.

4/7/1977
22/9/1977
PUC invadida

Mais uma vez sob o comando de Erasmo Dias, a PM invade a PUC-SP e prende cerca de mil pessoas que participavam do encontro nacional de estudantes.

22/9/1977
12/10/1977
Ministro do Exército é exonerado

Depois de uma tentativa de golpe de Estado contra a "abertura", Geisel exonera Silvio Frota, ministro do Exército, próximo da "linha dura".

12/10/1977
31/12/1977
Economia na pior

A economia cai, na realidade, com uma dívida de US$ 32 bilhões, crescimento do PIB de 4,9% e inflação de 40%.

31/12/1977
Ato pela anistia e protesto contra a Lei de Segurança Nacional na cidade de São Paulo
15/1/1978
Comitê Brasileiro pela Anistia

É fundado o Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA) do Rio de Janeiro. Ao longo do ano, a Campanha pela Anistia "ampla, geral e irrestrita" toma as ruas.

15/1/1978
Operários reunidos em Assembleia Geral na cidade de São Bernardo dos Campos
12/5/1978
Primeira greve após o AI-5

Em São Bernardo do Campo, funcionários da Scania fazem a primeira greve após o AI-5.

12/5/1978
O líder sindical Luiz Inácio da Silva discursa para trabalhadores em 1979.
12/6/1978
Enfim, o acordo

É fechado o acordo entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema e as empresas com funcionários em greve. O movimento operário inventa novas formas de organização e luta. É o "novo sindicalismo" que surge como novo ator na luta por direitos.

12/6/1978
Ato pela anistia em São Paulo
8/9/1978
Anistia ampla, geral e irrestrita

Primeiro Encontro Nacional de Movimentos pela Anistia aprova a Carta de Salvador, na qual pedem a anistia ampla, geral e irrestrita.

8/9/1978
Figueiredo junto a militares em Cerimônia oficial
15/10/1978
João Baptista Figueiredo

O general João Baptista Figueiredo é eleito, indiretamente é claro, o novo presidente da República, prometendo continuar a política da "abertura".

15/10/1978
Jornalista Vladimir Herzog em 1966
27/10/1978
União matou Herzog, diz Justiça

A Justiça responsabiliza a União pela morte do jornalista Vladimir Herzog, em decisão que afronta os militares no poder.

27/10/1978
Aeroporto de São Paulo recebendo uma multidão que aguardava retorno de exilados
29/12/1978
O retorno

Geisel revoga o banimento de 126 brasileiros.

29/12/1978
Torcidas do Santos e do Corinthians juntas em campanha pela Anistia geral e irrestria
11/2/1979
A faixa

Durante o jogo entre Corinthians e Santos, uma grande faixa com os dizeres "Anistia ampla, geral e irrestrita" se estende na arquibancada. As redes de televisão exibem e os jornais do dia seguinte circulam a notícia.

11/2/1979
Posse de Figueiredo em 1979.
15/3/1979
Posse de Figueiredo

Em discurso, o novo presidente promete “a mão estendida em conciliação", jurando fazer “deste país uma democracia”. A sociedade civil se afirma cada vez mais critica ao regime, estimulada pela crise econômica cada vez mais grave.

15/3/1979
Sérgio Paranhos Fleury
1/5/1979
Queima de arquivo

Em Ilhabela, no litoral paulista, morre o torturador e delegado Sérgio Paranhos Fleury, em circunstâncias até hoje misteriosas

1/5/1979
22/6/1979
32 dias de greve de fome

Nas penitenciárias do país, 51 presos políticos aderiram à greve de fome cobrando a promulgação da Anistia.

22/6/1979
Ato pela anistia na Cinelândia
30/6/1979
Conferência Internacional pela Anistia no Brasil

Na Itália, a Conferência Internacional pela Anistia no Brasil reforça a intenção de uma anistia ampla, geral e irrestrita no país.

30/6/1979
Em manifestação pela Anistia em 1979 na cidade de São Paulo uma pomba pousa sobre faixa
28/8/1979
Sancionada a Lei de Anistia

Depois de ser votada pelas lideranças do Congresso, que praticamente mantém o projeto do governo, a lei é sancionada. Segundo o Superior Tribunal Militar, a lei beneficia 4.650 pessoas, mas desagrada os movimentos pelos direitos humanos e familiares de desaparecidos e mortos, pois "perdoa" os torturadores, ao mesmo tempo que deixa de fora os guerrilheiros que cometeram "crimes de sangue".

28/8/1979
Brizola em campanha no Rio de Janeiro em 1982
6/9/1979
Brizola volta ao Brasil

Leonel Brizola retorna ao país após exílio de 15 anos. Outros ainda retornariam até o fim do ano, como Miguel Arraes e Luiz Carlos Prestes, este último recebido por 10 mil pessoas no aeroporto do Galeão.

6/9/1979
21/11/1979
O fim do bipartidarismo

Congresso aprova emenda que extingue o MDB e a Arena e permite a criação de novos partidos. A oposição se fragmenta e o partido oficial permanece unido. Mas é o PMDB que se destaca como grande partido de oposição moderada, ao lado do Partido dos Trabalhadores, nascido no seio dos movimentos sindicais e sociais. Brizola cria o Partido Democrático Trabalhista, na tradição do velho PTB getulista.

21/11/1979
Sobre
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