No vídeo, Beto de Jesus afirma que “Era a Revolução que estava acontecendo e a gente estava conectado com todas essas situações” revolucionárias da América Latina. Ao passo que hoje, reflete, “a gente vive uma democracia, mas o comando do país segue na lógica da Ditadura”.
Beto nasceu e foi criado em Ermelino Matarazzo, quando lá ainda era considerada uma zona rural em São Paulo. Ali, experimentou uma vida no verdadeiro estilo do campo: seu contato com uma realidade diferente se dá quando ainda muito novo quando, incentivado pelo pai, foi fazer um curso técnico no SENAI. Em um curso majoritariamente frequentado por homens, precisou enfrentar situações de machismo e homofobia. No entanto, o seu foco muda porque ele mergulha na vida eclesiástica, em um momento em que a Igreja Católica estava profundamente comprometida com trabalhos sociais. Isso desperta nele a vontade de se tornar padre. Ele chega a cursar filosofia e teologia, mas o trabalho cara a cara com as pessoas e as urgências da sua sexualidade o levam aos movimentos LGBTQIAP+. Ainda nos anos 90 se articula para a formação das primeiras paradas do orgulho em SP, tornando-as em pouco tempo uma das maiores do mundo. Depois de anos como presidente da associação da parada, se direciona para as questões do tratamento e prevenção do HIV, às quais se dedica até hoje.
Para conhecer essa história completa, acesse: https://acervo.museudapessoa.org/pt/conteudo/historia/um-destemido-que-queria-aprender-208744/colecao/208523
Créditos: Alisson da Paz e Luis Ludmer
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Esta iniciativa busca fortalecer a consciência democrática da sociedade brasileira, e foi viabilizada através do projeto “Cotidianos Invisíveis da Ditadura” – 6074.2021/0007181-2, relacionado ao termo de fomento Nº TFM/083 /2021/SMDHC/DEDH, por meio da Secretaria de Direitos Humanos do Município de São Paulo, com a realização do Museu da Pessoa e do Instituto Vladimir Herzog: https://acervo.museudapessoa.org/pt/conteudo/colecao/cotidianos-invisiveis-da-ditadura-208523