Cena do documentário Cabra marcado para morrer
Cena do documentário Cabra marcado para morrer. Elizabeth Teixeira é acompanhada de sua família na fotografia. Sua luta por reforma agrária e justiça social perdura até os dias atuais

Cabra marcado para morrer

Cabra marcado para morrer
Autoria: Eduardo Coutinho, 1984
Ficha Técnica:

Drama

Brasil, 1984

Direção: Eduardo Coutinho

Roteiro: Eduardo Coutinho

Com Elizabete Altino Teixeira, João Virgílio Silva, João Mariano da Silva, Eduardo Coutinho

119 minutos. 12 anos

Eduardo Coutinho pretendia contar a história da vida e morte do lavrador João Pedro Teixeira, um dos fundadores da Liga Camponesa de Sapé (PB), morto em 2 de abril de 1962 a mando de latifundiários. As filmagens, iniciadas em 1964, aconteceram no engenho Galileia, no município de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, mas o projeto foi interrompido quando as gravações e equipamentos foram apreendidos por uma tropa do Exército. Dezessete anos depois, Coutinho volta a Pernambuco com outra ideia: reencontrar os camponeses que participaram das gravações para que, revendo as imagens do passado, elaborem os sentidos de suas experiências. De lá Coutinho vai para o município de São Rafael, no Rio Grande do Norte, onde encontra Elizabeth Teixeira, viúva de João Pedro e sua companheira de militância. Ela, que chegou a ser presa e temendo novas perseguições, vive com outro nome e apenas um de seus 11 filhos. Em três dias de encontros com Coutinho, a mulher amedrontada se encontra e se reconcilia com sua identidade, suas escolhas, suas raízes.

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