O documentário relata a trajetória de Iara Iavelberg, militante do MR-8 morta aos 27 anos, em 1971, em Salvador. Iara era um troféu para o governo militar, que esperava assim chegar ao capitão Carlos Lamarca, seu companheiro. Com roteiro e narração de Mariana Pamplona, sua sobrinha, o longa reconstitui os passos de Iara, na tentativa de entender suas escolhas, seu papel na luta armada (Lamarca a chamava em seus diários de sua “professora de política”) , e sua morte – que, até 2003, era oficialmente registrada como suicídio, o que a família contestou desde que as forças da repressão entregaram seu corpo à família. Judia, foi enterrada fora do cemitério israelense NOME, pois a religião não acolhe no mesmo solo aqueles que tiram a própria vida. A produção fala de idealismo. Mas principalmente porque conduzida por Mariana, fala também de como é necessário que nos voltemos para o passado para lidar com as inúmeras marcas deixadas pela ditadura.