Grupo de Teatro Vivencial (1974). Surgiu em Olinda, em 1974, por influência do Tropicalismo, tornando-se um marco da irreverência e da contracultura na cena pernambucana dos anos 1970 e 1980. Dirigido por Guilherme Coelho, na época postulante a monge beneditino, o grupo se originou nos trabalhos da Associação dos Rapazes e Moças do Amparo (Arma), ligada à Arquidiocese de Olinda e Recife, que usava o teatro como meio de reflexão.
O primeiro espetáculo do grupo estreou em 1974, no Colégio São Bento, trazendo à tona assuntos como homossexualidade, drogas, política e cultura de massas. A reação do público foi forte, e o Vivencial precisou encontrar outro espaço para suas atividades, migrando para o Teatro do Bonsucesso. As improváveis alianças promovidas pelo Vivencial chocavam e divertiam o público: subversão e purpurina, sexo e política. As experiências do grupo foram narradas pelo livro “Transgressão em Três Atos: nos Abismos do Vivencial”, de Alexandre Figueirôa, Cláudio Bezerra e Stella Maris Saldanha (Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2011), além de terem inspirado o filme Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda.