Formado em 1967 por jovens estudantes que costumavam se apresentar na Universidade Técnica do Estado, em Santiago, o grupo Inti-Illimani é herdeiro direto do estilo lançado um ano antes pelo Quilapayun. Seu nome significa “Sol de Illimani” em língua Aimará, sendo que Illimani é o nome da mais alta montanha da Cordilheira Real, nos Andes bolivianos.
As primeiras incursões no mundo dos discos se deram em 1968, quando o grupo gravou duas faixas no álbum coletivo Voz para el camino, e outras duas no álbum coletivo Por la CUT, produzido pelo Jota Jota, selo musical do Partido Comunista chileno. Seu primeiro LP individual veio no ano seguinte, logo após o Inti-Illimani dividir um disco com o já conhecido cantor e compositor Rolando Alarcón, assumindo todas as faixas do lado B enquanto Alarcón ocupava o lado A.
O grupo chegou a se engajar na campanha eleitoral de Salvador Allende e, depois da vitória, assumiu a tarefa de transformar em música o plano de governo. Após se apresentar na Argentina, no Peru e na Bolívia, o grupo se encontrava em excursão pela Europa, precisamente em Roma, quando houve o assassinato de Allende e o golpe militar de 1973. Eles foram obrigados a permanecer no velho continente, onde tinham liberdade para continuar gravando e fazendo shows.
Seu maior sucesso, “El Pueblo Unido Jamás Será Vencido”, composto em maio de 1973 por Sergio Ortega e o grupo Quilapayun, foi apresentado pela primeira vez pelo Inti-Illimani num show em Florença, em novembro do mesmo ano, e, em pouco tempo, se converteu num hino em diversos países.
Em 2006, com o grupo cindido em dois, surgiu um litígio judicial em torno do direito de uso do nome, obrigando os membros do Inti-Illimani a adotar distintas nomenclaturas: surgia, assim, o Inti-Illimani Histórico, reunindo os fundadores Horácio Salinas e Horacio Duran, e o Inti-Illimani Novo, liderado pelo também fundador Jorge Colón.