Em 1967, um grupo de críticos e artistas realizou no MAM-RJ o primeiro balanço da arte brasileira de vanguarda, depois de publicar um manifesto. Era a “Nova Objetividade Brasileira”, uma espécie de balanço das correntes de vanguarda e de suas intenções políticas. Nela, reuniam-se diferentes vertentes da vanguarda nacional como a arte concreta, o neoconcretismo, a nova figuração (em torno da ideia de “nova objetividade”).
A noção começou a ser definida por Hélio Oiticica (1937-1980) no evento Propostas 66, em São Paulo. Oiticica defendia o termo “nova objetividade” como o que mais fielmente traduzia as experiências das vanguardas brasileiras em geral. A proposta central era explorar o “objeto”, a arte sensorial, que romperia os limites entre público e obra, calcada no suporte tradicional (o quadro, a escultura), e a atitude contemplativa. O público deveria experimentar, inclusive sensorialmente, a obra.