Criada em 1962, a Rádio Marconi de São Paulo era conhecida como a rádio dos trabalhadores. A partir de 1964, priorizou o jornalismo, com duras críticas ao regime militar. O radiojornalista Orpheu Salles foi preso no primeiro dia do golpe. Frequentemente os agentes do Dentel invadiam o estúdio, detinham os funcionários e deixavam a rádio fora do ar, até que os donos conseguissem uma liminar para voltar a operar. A partir de 1968 deixou de fazer críticas ao governo e à polícia e, em 1973, foi lacrada pelo governo Médici. Foi nela que, em 1968, o jovem repórter Gil Gomes narrou um caso de agressão sexual no edifício da rádio e descobriu assim sua vocação para o jornalismo policial. Nesse dia, a rádio teve audiência recorde.