Darcy José dos Santos Mariante morreu em 8 de abril de 1966, em Porto Alegre (RS). Em janeiro de 1965, foi preso por 30 dias e submetido a torturas no 1o Batalhão da Polícia Militar de Porto Alegre. Foi processado com base no artigo 7o do Ato Institucional n o 1, sob a acusação de que teria participado de atividades políticas contrárias aos ideais do Golpe de 1964. Condenado, foi afastado de suas atividades profissionais. Em razão das perseguições políticas, Darcy ficou muito abalado emocionalmente. Entrou em depressão grave e, em 8 de abril de 1966, cometeu suicídio, diante da família, com um tiro no peito. A versão oficial aponta como a causa da morte “parada cardíaca pós-operatória, hemotórax agudo” e o atestado de óbito confirma tal versão. No entanto, levando em consideração as particularidades do período histórico em que Darcy, conclui-se que o seu falecimento também decorreu da prisão e das torturas que sofreu. O corpo de Darcy José dos Santos Mariante foi sepultado no cemitério da Irmandade São Miguel e Almas em Porto Alegre (RS).
Diante das investigações realizadas, conclui-se que Darcy José dos Santos Mariante morreu em decorrência de ação perpetrada por agentes do Estado brasileiro, em contexto de sistemáticas violações de direitos humanos promovido pela Ditadura Militar, implantada no país a partir de abril de 1964. Recomenda-se a retificação da certidão de óbito de Darcy José dos Santos Mariante, assim como a continuidade das investigações sobre as circunstâncias do caso, para a identificação e responsabilização dos demais agentes envolvidos.