Político e ativista social ítalo-brasileiro. Militante desde os 17 anos, tornou-se membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB) nos anos 1960 e, após o golpe de 1964, rompeu com o partido e fundou, junto com Carlos Marighella, a Ação Libertadora Nacional (ALN), assumindo a luta armada como forma de resistência à ditadura.
Del Roio se exilou no Peru, onde trabalhou durante o governo de Juan Velasco Alvarado, e depois no Chile, onde colaborou com a administração de Salvador Allende. Com o golpe do general Augusto Pinochet contra Allende, mudou-se para a Argélia.
Em 1975, foi a Moscou e retomou os contatos com o PCB e com Luís Carlos Prestes. Dois anos mais tarde, responsabilizou-se pela retirada de importantes documentos e acervos do PCB, incluindo as bibliotecas de Astrojildo Pereira, que continham jornais, livros e revistas das primeiras décadas do século XX do movimento operário brasileiro. O material foi recolhido e retirado do país, para ser abrigado na Fundação Giangiacomo Feltrinelli, em Milão. Del Roio construiu o Archivio Storico del Movimento Operario Brasiliano, incorporando o novo material produzido durante a resistência à ditadura.
Anistiado em 1979, retornou ao Brasil. Anos mais tarde, os documentos foram trazidos da Itália e, desde 1994, encontram-se abrigados sob custódia no Centro de Documentação e Memória da Universidade Estadual Paulista (Cedem-Unesp).
Ainda na Itália, em 2006, por sua dupla cidadania, foi eleito senador pelo Partido da Refundação Comunista, tornou-se membro da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa em Estrasburgo e membro da União Europeia Ocidental em Paris. Além de sua intensa e contínua militância, escreveu vários livros, entre eles “Zarattini: a paixão revolucionária”, “A história de um dia: 1º de Maio” e “As capas desta história”, publicação do Instituto Vladimir Herzog, parte do projeto Resistir é preciso.