A ascensão política de Paulo Salim Maluf está intimamente relacionada aos anos da repressão no Brasil. Logo após o golpe de 1964, tornou-se amigo de Delfim Netto, o que o fez se aproximar do governo de Costa e Silva e garantiu a ele a presidência da Caixa Econômica Federal em 1967. Poucos meses após a promulgação do AI-5, Maluf foi nomeado pelo governo militar como prefeito da cidade de São Paulo, já em 1969.
É a partir desse momento que ficou demonstrado seu empenho em colaborar com o regime, sobretudo em relação ao processo que desencadeou o chamado “milagre econômico”, promovendo na cidade de São Paulo um conjunto imenso de obras de grande porte. Ainda hoje tramita uma ação civil pública na qual Maluf é acusado pelo desaparecimento de presos políticos quando era prefeito. Os cadáveres foram sepultados de forma clandestina nos cemitérios de Perus e Vila Formosa, com a participação do Instituto Médico Legal (IML), do DOPS e da prefeitura.