Linha do Tempo
Jânio na Presidência da República
Jânio Quadros é eleito presidente com 48% dos votos válidos, atraindo os votos conservadores da União Democrática Nacional (UDN) que era contra o getulismo e seus apadrinhados, como João Goulart e Juscelino Kubitschek. Os janistas cantam “Varre, varre, vassourinha”, fazendo referência à eliminação da corrupção na política brasileira.
Kennedy chega ao Capitólio
John Kennedy é empossado como presidente dos EUA. Dias antes, os norte-americanos haviam rompido as relações diplomáticas com Cuba, por causa da tomada do poder pelos revolucionários liderados por Fidel Castro, em 1959.
URSS lidera corrida espacial
Aos 27 anos, Yuri Gagarin é o primeiro ser humano a entrar em órbita, colocando a URSS em destaque no mundo dividido pela Guerra Fria.
Muro de Berlim
O Muro de Berlim, erguido pela Alemanha Oriental para evitar a fuga dos seus cidadãos para o lado ocidental da cidade, capitalista, separou a Alemanha por 29 anos, tornando-se o maior símbolo da Guerra Fria.
Jânio renuncia
Ao perder apoio da UDN e se isolar politicamente, Jânio Quadros renuncia. “Ao Congresso Nacional: Nesta data e por este instrumento, deixando com o Ministro da Justiça as razões do meu ato, renuncio ao mandato de presidente da República”. O fato inesperado eleva as tensões políticas, pois o vice-presidente era João Goulart, considerado muito à esquerda pelos setores conservadores civis e militares.
Jango toma posse
Quando Jânio renunciou, a Constituição era clara: o vice-presidente deveria assumir o governo. Porém, os ministros militares se opuseram criando um impasse que foi solucionado com a proposta conciliatória do Congresso: a adoção do parlamentarismo.
A crise dos mísseis de Cuba
Economia em crise
O ano termina com 52% de inflação indicando o forte descontrole econômico. Neste momento o governo anuncia o Plano Trienal, que pretendia contornar a crise econômica até 1965, e preparar o caminho para as Reformas de Base propostas por João Goulart.
O retorno do presidencialismo
Jango consegue seus poderes presidenciais de volta. O plebiscito contou com 9,5 milhões de votos a favor do presidencialismo contra 2 milhões dados ao parlamentarismo.
Discurso de Martin Luther King
O famoso discurso de Martin Luther King foi um marco no movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.
Neutralidade de Jango frente à rebelião da baixa hierarquia das Forças Armadas preocupa conservadores
Em setembro de 1963, os sargentos nacionalistas de esquerda que foram eleitos como parlamentares no ano anterior não puderam tomar posse nos seus cargos, conforme decisão do STF. Isto provocou a "Revolta dos Sargentos", apoiados por praças e cabos. João Goulart preferiu negociar para contornar a crise, desagradando a alta oficialidade e fazendo com que surgisse o temor da "quebra de hierarquia" nas Forças Armadas. Às vésperas do golpe, em fins de março de 1964, a maneira como Jango tratou a Revolta dos Marinheiros aumentou ainda mais o temor da alta oficialidade, mesmo entre oficiais legalistas que eram contra o golpe de Estado para depor o Presidente.
Kennedy é assassinado
Kennedy é assassinado em Dallas, Texas. Lyndon Johnson assume a presidência dos EUA.
Crise das crises
Com a inflação a quase 80% ao ano e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) a 0,6%, o Brasil assiste a um dos piores momentos de sua história econômica, piorando ainda mais o já conturbado cenário político.
Comício da Central
Criticado pela direita e pela esquerda, Jango realiza um comício inflamado na Central do Brasil, no Rio. O discurso voltado para as Reformas de Base irrita ainda mais os setores civis e militares conservadores e antirreformistas.
Marcha da Família com Deus pela Liberdade em São Paulo
Manifestação pública conservadora toma as ruas de São Paulo, e de outras cidades brasileiras, em resposta à "ameaça comunista" representada pelo discurso do Presidente no comício da Central.
O último discurso
No Automóvel Clube do Rio de Janeiro, falando para sargentos e suboficiais da Polícia Militar, Jango se mantém firme no discurso reformista. As palavras foram o estopim para a rebelião militar liderada por generais anticomunistas, que abriram caminho para o golpe de Estado.
Operação Popeye
Tem início um movimento militar em Minas Gerais, com deslocamento de tropas comandadas pelo general Olímpio Mourão Filho.
O golpe
Em 1° de abril de 1964, Costa e Silva proclama-se “Comandante do Exército Nacional” e líder do "Comando Supremo da Revolução", ampliando a revolta civil-militar contra o Presidente da República. Na madrugada do dia 2, o Presidente do Congresso, senador Auro de Moura Andrade, agindo conforme o plano dos golpistas, declara "vaga" a Presidência da República, apesar de Jango estar em território nacional.
Ranieri Mazzilli assume
Deposto, João Goulart segue de Porto Alegre para São Borja, de onde parte para o exílio no Uruguai. O presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli, assume a Presidência da República, dando um ar de legalidade ao golpe. Mas quem governa o país, de fato, são as Forças Armadas.
As primeiras cassações de direitos políticos e mandatos eletivos
A fim de afirmar seu poder e institucionalizar a tomada do Estado, o "Comando Supremo da Revolução" baixa o primeiro Ato Institucional, que confere ao presidente da República poderes para cassar mandatos eletivos e suspender direitos políticos.
Castello Branco assume a Presidência
Eleito pelo Congresso Nacional, depurado de dezenas de parlamentares cassados, com apoio da UDN e de parte do PSD (Partido Social Democrático), o General Castelo Branco toma posse, prometendo um governo tampão para "sanear" o Brasil e manter as eleições. A ditadura parecia provisória...
JK e outros 39 políticos são cassados
O governo militar dá sinais de que não era tão transitório quanto prometia. Em junho, utilizando os poderes do Ato Institucional, o Presidente cassa os mandatos do ex-presidente Juscelino Kubitschek, então senador da República, e mais 39 políticos.
A Emenda Constitucional Nº 9
A Emenda Constitucional Nº 9 prorroga o mandato de Castello Branco até 15 de março de 1967.
O Correio da Manhã lidera a campanha contra a tortura nas prisões
Apesar de ter apoiado o Golpe, alguns jornais liberais, como o Correio da Manhã, começam a se distanciar do novo regime, sobretudo por causa das denúncias de torturas contra presos políticos, ocorridas logo depois do golpe. A violência da repressão aumentaria ainda mais a partir de 1969.
É criado o Serviço Nacional de Informações (SNI)
O governo militar cria o Serviço Nacional de Informações (SNI) para espionar os cidadãos e manter o Presidente informado sobre a conjuntura política nacional e internacional. Embora não realizasse operações policiais, o SNI se torna o símbolo do sistema repressivo que se instala no Estado brasileiro.
Extinta a União Nacional dos Estudantes (UNE)
O Congresso Nacional aprova a extinção da UNE, considerada uma entidade "subversiva". O regime militar aumentava o cerco sobre o movimento estudantil, visando despolitizar os jovens universitários e secundaristas. Apesar de ilegal e reprimida, a UNE continua ativa como entidade máxima do Movimento Estudantil.
Programa do governo Castello Branco retrai ainda mais a economia brasileira
Com a intenção de controlar a inflação e o déficit público, o regime lança o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG). Plano previa o controle de créditos e, sobretudo, dos salários, o que impediu a rápida retomada do crescimento econômico prometida pelos golpistas de abril.
Começa o show Opinião
Visto por milhares de pessoas, o show Opinião critica a ditadura militar por meio de canções de protesto.
Jânio na Presidência da República
Jânio Quadros é eleito presidente com 48% dos votos válidos, atraindo os votos conservadores da União Democrática Nacional (UDN) que era contra o getulismo e seus apadrinhados, como João Goulart e Juscelino Kubitschek. Os janistas cantam “Varre, varre, vassourinha”, fazendo referência à eliminação da corrupção na política brasileira.
Kennedy chega ao Capitólio
John Kennedy é empossado como presidente dos EUA. Dias antes, os norte-americanos haviam rompido as relações diplomáticas com Cuba, por causa da tomada do poder pelos revolucionários liderados por Fidel Castro, em 1959.
URSS lidera corrida espacial
Aos 27 anos, Yuri Gagarin é o primeiro ser humano a entrar em órbita, colocando a URSS em destaque no mundo dividido pela Guerra Fria.
Muro de Berlim
O Muro de Berlim, erguido pela Alemanha Oriental para evitar a fuga dos seus cidadãos para o lado ocidental da cidade, capitalista, separou a Alemanha por 29 anos, tornando-se o maior símbolo da Guerra Fria.
Jânio renuncia
Ao perder apoio da UDN e se isolar politicamente, Jânio Quadros renuncia. “Ao Congresso Nacional: Nesta data e por este instrumento, deixando com o Ministro da Justiça as razões do meu ato, renuncio ao mandato de presidente da República”. O fato inesperado eleva as tensões políticas, pois o vice-presidente era João Goulart, considerado muito à esquerda pelos setores conservadores civis e militares.
Jango toma posse
Quando Jânio renunciou, a Constituição era clara: o vice-presidente deveria assumir o governo. Porém, os ministros militares se opuseram criando um impasse que foi solucionado com a proposta conciliatória do Congresso: a adoção do parlamentarismo.
A crise dos mísseis de Cuba
Economia em crise
O ano termina com 52% de inflação indicando o forte descontrole econômico. Neste momento o governo anuncia o Plano Trienal, que pretendia contornar a crise econômica até 1965, e preparar o caminho para as Reformas de Base propostas por João Goulart.
O retorno do presidencialismo
Jango consegue seus poderes presidenciais de volta. O plebiscito contou com 9,5 milhões de votos a favor do presidencialismo contra 2 milhões dados ao parlamentarismo.
Discurso de Martin Luther King
O famoso discurso de Martin Luther King foi um marco no movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.
Neutralidade de Jango frente à rebelião da baixa hierarquia das Forças Armadas preocupa conservadores
Em setembro de 1963, os sargentos nacionalistas de esquerda que foram eleitos como parlamentares no ano anterior não puderam tomar posse nos seus cargos, conforme decisão do STF. Isto provocou a "Revolta dos Sargentos", apoiados por praças e cabos. João Goulart preferiu negociar para contornar a crise, desagradando a alta oficialidade e fazendo com que surgisse o temor da "quebra de hierarquia" nas Forças Armadas. Às vésperas do golpe, em fins de março de 1964, a maneira como Jango tratou a Revolta dos Marinheiros aumentou ainda mais o temor da alta oficialidade, mesmo entre oficiais legalistas que eram contra o golpe de Estado para depor o Presidente.
Kennedy é assassinado
Kennedy é assassinado em Dallas, Texas. Lyndon Johnson assume a presidência dos EUA.
Crise das crises
Com a inflação a quase 80% ao ano e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) a 0,6%, o Brasil assiste a um dos piores momentos de sua história econômica, piorando ainda mais o já conturbado cenário político.
Comício da Central
Criticado pela direita e pela esquerda, Jango realiza um comício inflamado na Central do Brasil, no Rio. O discurso voltado para as Reformas de Base irrita ainda mais os setores civis e militares conservadores e antirreformistas.
Marcha da Família com Deus pela Liberdade em São Paulo
Manifestação pública conservadora toma as ruas de São Paulo, e de outras cidades brasileiras, em resposta à "ameaça comunista" representada pelo discurso do Presidente no comício da Central.
O último discurso
No Automóvel Clube do Rio de Janeiro, falando para sargentos e suboficiais da Polícia Militar, Jango se mantém firme no discurso reformista. As palavras foram o estopim para a rebelião militar liderada por generais anticomunistas, que abriram caminho para o golpe de Estado.
Operação Popeye
Tem início um movimento militar em Minas Gerais, com deslocamento de tropas comandadas pelo general Olímpio Mourão Filho.
O golpe
Em 1° de abril de 1964, Costa e Silva proclama-se “Comandante do Exército Nacional” e líder do "Comando Supremo da Revolução", ampliando a revolta civil-militar contra o Presidente da República. Na madrugada do dia 2, o Presidente do Congresso, senador Auro de Moura Andrade, agindo conforme o plano dos golpistas, declara "vaga" a Presidência da República, apesar de Jango estar em território nacional.
Ranieri Mazzilli assume
Deposto, João Goulart segue de Porto Alegre para São Borja, de onde parte para o exílio no Uruguai. O presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli, assume a Presidência da República, dando um ar de legalidade ao golpe. Mas quem governa o país, de fato, são as Forças Armadas.
As primeiras cassações de direitos políticos e mandatos eletivos
A fim de afirmar seu poder e institucionalizar a tomada do Estado, o "Comando Supremo da Revolução" baixa o primeiro Ato Institucional, que confere ao presidente da República poderes para cassar mandatos eletivos e suspender direitos políticos.
Castello Branco assume a Presidência
Eleito pelo Congresso Nacional, depurado de dezenas de parlamentares cassados, com apoio da UDN e de parte do PSD (Partido Social Democrático), o General Castelo Branco toma posse, prometendo um governo tampão para "sanear" o Brasil e manter as eleições. A ditadura parecia provisória...
JK e outros 39 políticos são cassados
O governo militar dá sinais de que não era tão transitório quanto prometia. Em junho, utilizando os poderes do Ato Institucional, o Presidente cassa os mandatos do ex-presidente Juscelino Kubitschek, então senador da República, e mais 39 políticos.
A Emenda Constitucional Nº 9
A Emenda Constitucional Nº 9 prorroga o mandato de Castello Branco até 15 de março de 1967.
O Correio da Manhã lidera a campanha contra a tortura nas prisões
Apesar de ter apoiado o Golpe, alguns jornais liberais, como o Correio da Manhã, começam a se distanciar do novo regime, sobretudo por causa das denúncias de torturas contra presos políticos, ocorridas logo depois do golpe. A violência da repressão aumentaria ainda mais a partir de 1969.
É criado o Serviço Nacional de Informações (SNI)
O governo militar cria o Serviço Nacional de Informações (SNI) para espionar os cidadãos e manter o Presidente informado sobre a conjuntura política nacional e internacional. Embora não realizasse operações policiais, o SNI se torna o símbolo do sistema repressivo que se instala no Estado brasileiro.
Extinta a União Nacional dos Estudantes (UNE)
O Congresso Nacional aprova a extinção da UNE, considerada uma entidade "subversiva". O regime militar aumentava o cerco sobre o movimento estudantil, visando despolitizar os jovens universitários e secundaristas. Apesar de ilegal e reprimida, a UNE continua ativa como entidade máxima do Movimento Estudantil.
Programa do governo Castello Branco retrai ainda mais a economia brasileira
Com a intenção de controlar a inflação e o déficit público, o regime lança o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG). Plano previa o controle de créditos e, sobretudo, dos salários, o que impediu a rápida retomada do crescimento econômico prometida pelos golpistas de abril.
Começa o show Opinião
Visto por milhares de pessoas, o show Opinião critica a ditadura militar por meio de canções de protesto.