Diretas Já! Foi a palavra de ordem que ecoou em todos os cantos do Brasil entre 1983 e 1984, com a luta dos movimentos populares pela redemocratização do Brasil. A eleição direta para presidente não era suficiente para construir a democracia, mas sem dúvida era um primeiro passo indispensável. Em 1984, pessoas nascidas na década de 1950 já tinham chegado aos 30 anos, mas nunca tinham votado para presidente do Brasil. Desde a Lei da Anistia em 1979 e a abertura ao pluripartidarismo, a ditadura dava sinais de enfraquecimento. Os movimentos populares e os novos partidos democráticos (com exclusão daqueles que eram protagonistas da ditadura e provenientes da ARENA) se lançaram à luta pelas Diretas. Apesar da força da campanha nas ruas e da acachapante maioria parlamentar em sua defesa, a Emenda Dante de Oliveira (que estabelecia as eleições diretas) foi derrotada no Congresso Nacional. Era necessária maioria qualificada de ⅔ da casa para aprová-la e faltaram apenas 22 votos. Essa sequência tratará de tudo isso. O número de aulas indicado é apenas uma sugestão. É possível utilizar mais ou menos aulas de acordo com sua necessidade.
Para aplicar essa sequência, recomendamos a leitura do artigo A Campanha das Diretas Já, narrativas e memórias, de Lucília Delgado, e A revolta da fome: notícias sobre o quebra-quebra de abril de 1983 e a fabricação do consenso político, de Edson Teles.
Sequência didática:
- Aula 1 – Diretas ou indiretas?
- Aula 2 – Reabertura política e Diretas Já!
- Aula 3 – Multidões nas ruas
- Aula 4 – As Diretas em vídeos