Com o fim da Embrafilme, fechada pelo governo Fernando Collor em 1990 em nome da austeridade de gastos do Estado e da valorização do livre mercado, o cinema brasileiro virtualmente acabou. Não se trata apenas de força de expressão, e sim de um fato estatístico incontestável: em 1992, apenas um filme brasileiro de longa metragem estreou no mercado.
Com a queda do governo Collor, a partir de um grande movimento político e social contra a corrupção, a situação do cinema começou a melhorar. O governo Fernando Henrique Cardoso criou leis de incentivo e captação de recursos para viabilizar o cinema, estimulando o patrocínio privado à base de renúncia fiscal para produzir filmes brasileiros.
Iniciou-se o chamado “cinema da retomada”, depois de anos de crise. O ritmo de produções ficcionais e documentais aumentou, estabelecendo, em muitos casos, parcerias com as grandes emissoras de televisão, sobretudo a Rede Globo. Mesmo sem atingir os níveis de público dos anos 1970, quando esteve no auge da popularidade, o cinema brasileiro renascia das cinzas.