Cildo Meireles, artista neoconcretista, produziu entre 1970 e 1975 uma série de trabalhos que imprimiam frases consideradas subversivas em cédulas de dinheiro e garrafas de Coca-Cola. Ele retirava os artigos de circulação, interferia sobre eles e os devolvia ao mercado. O artista carimbou em notas de dinheiro a frase “Quem matou Herzog?“. A provocação era exposta a um número incalculável de pessoas e era impossível de ser controlada totalmente pela censura. O movimento artístico apresentava uma abordagem multissensorial, colocando o corpo e o público como objetos centrais da obra de arte, que na verdade eram feitas a partir de objetos banais para serem manipulados pelo receptor.