Realizado em 1968, o filme argentino dirigido por Fernando Solanas e Octavio Getino (do grupo Cine Liberación) estreou apenas em 1973. Trata-se de um extenso ensaio sobre a história do país, dividido em três partes: Neocolonialismo e violência; Ato para a liberdade – composto por Crônica do peronismo (1945-1955) e Crônica da resistência (1955-1966) – e Violência e liberdade. Aborda as causas da crise econômica, social e política argentina durante os anos 1960 e (…) mostra como parte expressiva da esquerda se aproximou do peronismo nas décadas de 1960 e 1970. Depois do golpe de 1955, que derrubou Perón, parte da esquerda mudou sua visão, pois, com o peronismo, os trabalhadores teriam passado a ter a noção dos seus direitos e a lutar por eles”, analisa Paulo Renato da Silva, professor do curso de História da Universidade Federal da Integração Latino-Americana.