Nesta obra, Cildo Meireles executou uma ação realmente inesperada. Diante de uma platéia atônita (da mostra Do Corpo à Terra), o artista amarrou dez galinhas a uma estaca de madeira e, depois de encharcá-las com gasolina, incendiou-as vivas, num ritual público de grande crueldade. A execução da obra foi um momento crucial da história da arte brasileira. Foi considerada uma crítica brutal ao regime militar e ao desaparecimento de seus opositores promovido pelo Estado. Esta obra radical rompeu os limites entre realidade e representação.