A Comissão Nacional da Verdade (CNV) iniciou seus trabalhos em 2012, com a finalidade de apurar graves violações dos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, tendo como foco a ditadura civil-militar que começou em 1964. Conhecer o trabalho da CNV é fundamental para o exercício da democracia hoje. O trabalho de pesquisa da CNV foi enorme: leitura de toneladas de documentos escritos (principalmente do próprio Estado, mas não só) e coleta de milhares de testemunhos e depoimentos das vítimas da repressão e também de agentes violadores de direitos. A história da ditadura é uma história viva, não é “coisa do passado”. Existem muitas heranças da ditadura hoje. Entre elas, estão os atuais movimentos autoritários e militaristas, que apoiam a ditadura e até hoje realizam ações golpistas e anti-democráticas contra o Brasil. A impunidade dos torturadores e agentes da repressão daquela época sem dúvida criam a sensação de vale-tudo para a extrema direita brasileira. Por isso, o conhecimento científico sobre o passado e a busca da verdade é um gesto político fundamental para defender a democracia hoje. Essa sequência tem como objetivo explicar o que foi a CNV, sua importância histórica e seus limites. O número de aulas indicado é apenas uma sugestão. É possível utilizar mais ou menos aulas de acordo com sua necessidade.
Para aplicar essa sequência, leia o capítulo 1 (A criação da Comissão Nacional da Verdade) e capítulo 2 (As atividades da CNV) do Relatório Final da CNV (volume 1) e o artigo A Comissão da Verdade no Brasil: a luta pela memória em uma democracia fragilizada.
Sequência didática:
- Aula 1 – A busca da verdade
- Aula 2 – Para que serve a Comissão da Verdade?
- Aula 3 – Lutar por memória, verdade e justiça
- Aula 4 – Testemunhos da CNV: investigação
- Aula 5 – Testemunhos da CNV: exposição