Ditadura no Uruguai

A ditadura civil-militar uruguaia teve início em 27 de junho de 1973, quando o presidente Juan María Bordaberry, com o apoio das Forças Armadas, fechou o Senado e a Câmara dos Deputados, e anunciou a criação de um Conselho de Estado para substituir o parlamento. Em seu discurso nesse dia, Bordaberry afirmou que tais medidas eram necessárias para fazer uma reforma constitucional que reafirmasse os princípios republicanos e democráticos.

Da esquerda para a direita: Hugo Banzer, ditador boliviano, Juan María Bordaberry, ditador uruguaio, Ernesto Geisel, ditador empossado na ocasião da fotografia e Augusto Pinochet, ditador chileno.
Da esquerda para a direita: Hugo Banzer, ditador boliviano, Juan María Bordaberry, ditador uruguaio, Ernesto Geisel, ditador empossado na ocasião da fotografia e Augusto Pinochet, ditador chileno.

Três dias depois, a ditadura tornou ilegal a Convenção Nacional de Trabalhadores e prendeu seus dirigentes. Até 28 de fevereiro de 1985, o regime proibiu partidos políticos, jogou na ilegalidade dezenas de sindicatos, censurou a imprensa e reprimiu violentamente os opositores. O golpe executado pelas Forças Armadas se deu num contexto de conflito político, que incluía a atuação de guerrilhas urbanas, como o Movimento de Libertação Nacional, popularmente conhecido como Tupamaros.

Em 30 de novembro de 1980, a população rejeitou, por meio de um plebiscito, o projeto de reforma constitucional proposto pela ditadura. Teve início, então, um lento processo de abertura política, culminando com a eleição de Julio María Sanguinetti, que tomou posse em 1985.

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